Oitavo dia dos Jogos marca o adeus de Phelps e um sul-africano fazendo história

O oitavo dia dos Jogos Olímpicos de Londres ficará marcado por muito tempo como o dia da aposentadoria de Michael Phelps. Ninguém venceu tanto e dificilmente ganhará. Além disso um biamputado fez história em Londres e o futebol brasileiro deu um grande passo para exorcizar o fantasma da medalha de ouro.

No atletismo o dia não teve finais mas teve um momento histórico. O atleta da África do Sul, Oscar Pistorius, depois de se tornar multi-campeão entre os atletas paraolímpicos, conseguiu se classificar para uma Olimpíada, chegando mais longe e se classificando para as semi-finais dos 400m rasos. Um verdadeiro herói, o que Fabiana Murer nem teve chance de tentar ser. Depois de muitos erros e alegando problemas com o vento, a atleta do salto com vara desistiu da última tentativa e foi eliminada prematuramente da competição. Ela que chegou com dois títulos mundiais era muito mais favorita ao ouro do que em Pequim, quando também fracassou. Na final do Heptatlo feminino, o público do Estádio Olímpico empurrou uma das atletas britânicas mais populares, Jessica Ennis, para o ouro, superando a alemã Lilli Schwarzkopf e a russa Tatyana Chernova. Na prova de marcha de 20km masculina, vitória do chinês Ding Cheng, com Erick Barrondo, da Guatemala, em segundo e Wang Zhen, da China em terceiro. A croata Sandra Perkovic venceu a prova do lançamento de disco, desbancando a líder do ranking mundial, a russa Darya Pishchalnikova, que ficou com a prata; o bronze foi para a chinesa  Li Yanfeng. A jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, para muitos o “Usain Bolt de saias” sagrou-se bicampeã olímpica dos 100m rasos, com o tempo de 10s75. A prata ficou com Carmelita Jeter, dos EUA, e o bronze com Veronica Campbell-Brown, também da Jamaica. No salto em distância masculino, o Brasil alimentou esperanças com Mauro Vinícius da Silva, que havia se classificado com a melhor marca das eliminatórias, mas ele não passou do 7º lugar. A medalha de ouro ficou com o britânico Greg Rutherford, que saltou 8,31 m ; a prata com Mitchell Watt, da Austrália; e o bronze com Will Claye, dos EUA. O auge do dia no Estádio Olímpico foi a final dos 10.000m rasos, que levantou a torcida britânica com a vitória de um atleta da casa. Mohamed Farah fez o tempo de 27min30s42, levou o ouro e foi ovacionado pelo público. O segundo lugar ficou com o americano Galen Rupp e o bronze foi para o etíope Tariku Bekele.

Pistorius é o primeiro biamputado a disputar a olimpíada. FOTO: Reuters

Fabiana Murer decepciona e culpa o vento. FOTO: Bruno Santos (terra.com.br)

O badminton chegou num momento de decisão. Nas duplas masculinas, os chinesas Cai e Fu venceram por 2×0 Koo e Tan, da Malásia; garantindo vaga na decisão contra os dinamarqueses Boe e Mogensen, que venceram os sul-coreanos Chung e Lee. Nas duplas femininas, Tian e Zaoh da China venceram por 2×0 as japonesas Fujii e Kakiiwa, conquistando o ouro. O bronze foi para as russas, Sarokina e Vislova, que beneficiadas pela exclusão de duplas da China e da Coréia do Sul, conseguiu chegar a medalha, mesmo sem estar entre as favoritas. No individual feminino, uma final chinesa, com vitória de Xuerui Li por 2×1 sobre Yihan Wang. Na disputa de bronze, vitória de Saina Nehwal, da Índia, após desistência da chinesa Xin Wang.

Na rodada do basquete masculino, os russos bateram os espanhóis por 77×74, e o Brasil atropelou a China, por 98×57. Com esses resultados, quem vencer a partida entre Brasil e Espanha pode enfrentar o Dream Team dos EUA numa eventual semi-final, situação que levanta a hipótese dos espanhóis perderem a partida propositalmente. Falando em Dream Team, os americanos não tiveram vida fácil, mas derrotaram a Lituânia, por 99×94 , numa reedição dos grandes duelos entre as duas seleções na época de Jordan e Sabonis.

No complemento das oitavas de final do vôlei de praia, a surpresa foi a eliminação da dupla brasileira Maria Elisa e Talita após derrota para as tchecas Kolocova e Slukova por 2×1. No masculino, Alison e Emanuel não deram chance aos alemães Erdmann e Matysik, vencendo por 2×0.

No boxe também foi dia oitavas de final, com lutas pelas categorias até 49kg e até 64kg. Nessa segunda o brasileiro Everton dos Santos Lopes tentou, mas foi eliminado pelo cubano Roniel Iglesias Sotolongo. O outro brasileiro que lutou, Yamaguchi Falcão Florentino, na categoria até 81kg, passou pelo chinês Fanlong Meng, garantindo vaga nas quartas de final.

No ciclismo, teve ouro, recorde mundial e Paul McCartney na arquibancada, para prestigiar a vitória da equipe britânica. Na prova de perseguição por equipes feminina, as britânicas venceram com o tempo 3min14s682, estabelecendo o recorde mundial, deixando a prata para os EUA e o bronze para o Canadá. No pódio, o público entoou a canção Hey Jude, dos Beatles.

Sir Paul McCartiney é presença ilustre no velódromo. FOTO: Reuters

Os saltos ornamentais teve dia de semi-finais no trampolim de 3m feminino. No hipismo o dia foi de eliminatórias na prova de saltos individual e por equipes. Os brasileiros Álvaro Affonso de Miranda, o Doda, e José Roberto Reynoso Filho, se classificaram entre os 32 primeiros do torneio individual. Já na prova de equipes, o Brasil passou para a final em 7º lugar, mesmo com atleta Carlos Eduardo Mota Ribas, o Cacá, sendo cortado devido a uma lesão do seu cavalo. O dia também foi de recorde no hipismo: o cavaleiro canadense Ian Millar, de 65 anos, conhecido como “Capitão Canadá” alcançou sua décima participação em Jogos Olímpicos, superando assim o recorde anterior, que era do velejador austríaco Hubert Raudaschl.

A sul-coreana Shin A Lan, que emocionou o mundo na prova individual, depois de ser eliminada em uma decisão polêmica da arbitragem, desta vez, conquistou a prata na prova da espada por equipes. A sua equipe perdeu o ouro para a China, numa derrota por 39×25. Na disputa do bronze, os EUA venceu a Rússia por 31×30.

O futebol olímpico guardou boas surpresas nas quartas de final do masculino. A equipe japonesa conseguiu um ótimo resultado ao eliminar o Egito, vencendo por 3×0, em Old Trafford, Manchester. O México passou aperto e precisou da prorrogação para eliminar o Senegal por 4×2. Os mexicanos chegaram a abrir 2×0, mas levaram o empate e contaram com grandes intervenções do goleiro Corona. Na prorrogação os mexicanos se valeram do melhor preparo físico e se classificaram. O Brasil viu o fantasma da eliminação assombrar de novo, mas conseguiu a virada e a classificação sobre Honduras. A vitória por 3 a 2, teve duas viradas e começou com um gol estranho num chute de Martinez que encobriu o goleiro Gabriel. Crisanto foi expulso aos 32, deixando Honduras com um a menos. Leandro Damião empatou aos 37. Quando parecia que ia engrenar, o Brasil sofreu o segundo gol, marcado por Espinoza, no único contra-ataque hondurenho. O Brasil não se abalou o virou, com Neymar, de pênalti e novamente com Damião, espantando a zebra hondurenha. Quem não teve a mesma sorte foi a seleção da Grã-Bretanha, que empatou com a Coréia do Sul em 1×1, sendo eliminada na disputa de pênaltis por 5×4. Em um estádio lotado, os sul-coreanos comemoraram a vitória após defesa do goleiro reserva Lee Bum-Young na cobrança de Daniel Sturridge. Com a vitória, os asiáticos avançam às semifinais e jogam contra o Brasil.

Damião marca duas vezes e ajuda Brasil a escapar de novo vexame. FOTO: Reuters

No handebol, o destaque do dia foi a reedição da final Olímpica de Pequim, entre Islândia e França, vencida pelos islandeses por 30×29.

No hóquei de grama feminino a Argentina confirmou a liderança do grupo B, ao lado de Austrália e Nova Zelândia, ao derrotar por 3×1 a Alemanha. A superação ficou por conta da britânica Kate Walsh, que atuou na vitória por 2×1 sobre a China, após passar por uma cirurgia devido a uma fratura depois de uma tacada, na partida contra o Japão.

No remo foram realizadas quatro finais. No skiff simples feminino, ouro para a Rep. Tcheca com Miroslava Knapkova, prata para a Dinamarca, com Fie Udby Erichsen, e bronze para Kin Crow, da Austrália. Na prova de skiff duplo peso leve masculino, a Dinamarca levou a melhor e ficou com o ouro, com a dupla Mada Rasmussen e Rasmus Quist, que derrotou o atuais campeões olímpicos, os britânicos Zac Purchase e Mark Hunter; o bronze foi para a Nova Zelândia. Apesar desse revés, a Grã-Bretanha conquistou dois ouros. Pelo skiff duplo peso leve feminino, Katherine Copeland e Sophie Hosking superaram as favoritas chinesas Xu Dongxiagn e Huang Wenyi, que são campeãs do mundo. As chinesas ficaram com a prata e as gregas Christina Giazitzidou e Alexandra Tsiavou com o bronze. No quatro sem timoneiro masculino, com a equipe Grã-Bretanha se tornou bicampeã olímpica, seguida por Austrália e EUA.

Nas competições de vela, o dia foi marcado pelas eliminações dos brasileiros Bruno Fontes, 13º na classe Laser, e Adriana Kostiw, 25ª colocada na classe Laser Radial. Como somente os 10 primeiros se classificam para a medal race, os atletas acabaram de fora da luta por medalha.

No tiro foram realizadas duas finais. A atiradora italiana Jessica Rossi conquistou o ouro na fossa olímpica, ficando à frente da eslovaca Suzana Stefecekova, prata, e da francesa, Delphine Reau-Racinet, bronze. A italiana também bateu o recorde mundial e o recorde olímpico nas classificações com uma pontuação perfeita de 75 alvos alcançados. Na prova de rifle 50m em 3 posições, a americana Jamie Lyn Gray levou o ouro, seguida da sérvia Ivana Maksimovic e da tcheca Adela Sykorova.

No tênis de mesa seguem as eliminatórias por equipes. No feminino, domínio asiático com Japão, China, Cingapura e Coréia do Sul se classificando para as semi-finais.

No tênis, semi-finais das duplas mistas, onde Robson e Murray, da Grã-Bretanha eliminaram a dupla da Alemanha, garantindo vaga na decisão contra a dupla Azarenka e Miyrny, da Bielorússia, que eliminou a dupla dos EUA. Nas duplas femininas, as irmãs Willians, dos EUA, passaram à final, eliminando a dupla da Rússia. Uma das irmãs, Serena Willians, também comemorou no simples, ao conquistar a medalha de ouro para os EUA, atropelando a russa Maria Sharapova, por 2×0 (6/1 e 6/0). O bronze ficou com Victoria Azarenka, da Bielorússia, que derrotou a russa, Maria Kirilenko por 2×0. Nas duplas masculinas, ouro para os irmão Bryan, dos EUA, que venceram os franceses Llodra e Tsonga, por 2×0. Pelo mesmo placar, a outra dupla francesa, Benneteau e Gasquet, garantiu o bronze com a vitória sobre os espanhóis Ferrer e Lopez.

No trampolim acrobático feminino, ouro para o Canadá, com Rosannagh Mac Lennan, que derrotou as chinesas ShanShan Huang (prata) e Wenna He (bronze).

No triatlo feminino uma das chegadas mais espetaculares dos Jogos. A suíça Nicola Sprig “empatou” no tempo divulgado com a sueca Lisa Norden, mas terminou com a primeira colocação na prova, devido a milésimos de segundo. A australiana Erin Densham completou o pódio com o bronze. A brasileira Pâmella Oliveira estava em 4º quando caiu de bicicleta, se machucou e terminou apenas em 30º.

No vôlei masculino o dia foi cheio de grandes partidas. Com grande atuação do reserva Wallace, o Brasil virou sobre a Sérvia, venceu por 3×2 e garantiu a classificação. Já os russos, salvaram um match-point, viraram sobre os EUA por 3×2 e assumiram a liderança do equilibrado grupo B. Pelo grupo A, a surpresa foi a enorme dificuldade encontrada pela Itália para derrotar a Austrália por 3×2.

No pólo-aquático masculino o dia foi da penúltima rodada da fase de grupos.

O levantamento de peso teve a final da categoria 94 kg masculina. O cazaque Ilya Ilyin se tornou bicampeão olímpico com direito a quebra de dois recordes mundiais. O atleta de 24 anos estabeleceu as melhores marcas no arremesso, com 233 kg, e no total, com 418 kg. O russo Alexandr Ivanov levou a prata e Anatoli Ciricu, da Moldávia, o bronze.

O último dia da natação marcou a despedida de um mito. Michael Phelps conquistou seu 18º ouro olímpico no revezamento 4×100 medley, com a equipe dos EUA. A prata foi para o Japão e o bronze para a Austrália. Na mesma prova, porém no feminino, os EUA também levaram o ouro, seguidos de Austrália e Japão. Nos 1500m livres masculino ouro para a china, com  Sun Yang, que arrasou seu próprio recorde mundial, com 14min31s02. A prata foi para o canadense Ryan Cochrane e o bronze para tunisiano Oussama Mellouli. Nos 50m metros livres feminino, a holandesa Ranomi Kromowidjojo, que já tinha vencido os 100m livres, levou o ouro. A prata foi para Aliaksandra Herasimenia, da Bielorússia, e o bronze para Veldhuin Marleen, também da Holanda.

Phelps se despede como o atleta mais vitorioso da história olímpica. FOTO: Reuters

César Cielo e o futebol feminino decepcionam em Londres

O dia começou com a Coréia do Sul se consolidando como dona da competição de tiro com arco, conquistando a 3ª de 4 medalhas de ouro, com Jim Hiek Oh, na categoria individual masculina, que venceu por 7×1 o japonês Takahara Furukawa na decisão. O bronze ficou com Xiaoxiang Dai, da China, que venceu por 6×5 o holandês Rick Van der Ven, que havia derrotado nas oitavas de final o heroico atleta sul-coreano Dong Hyun In, deficiente visual.

O badminton se consolidou como parque de diversões da China. Na final de duplas mistas, ouro para Zhang e Zhao que venceram 2×0 a outra dupla chinesa, Xu e Ma. O bronze ficou com Fischer e Pedersen, da Dinamarca, que venceram por 2×0 a dupla da Indonésia, Ahmad e Natsir. O individual masculino teve um dia de semi-finais que garantiu mais um chinês na decisão: Dan Lin venceu o sul-coreano Hyung Li Lee e vai decidir o ouro com Chong Wei Lee, da Malásia, que derrotou outro chinês, Long Chen. No feminino, a China pode levar as três medalhas. A final será entre Xuerui LI e Yihan Wang, enquanto a outra chinesa, Xin Wang,  tenta o bronze contra a Saina Nehwal, da Índia.

No basquete feminino,  o Brasil segue dando vexame e perdeu a quarta partida, contra o Canadá, por 79×73, e, assim como em Pequim, é eliminado na primeira fase. A surpresa foi a Grã-Bretanha, que fez jogo duro contra a França, perdendo apenas na prorrogação por 80×77.

Nas oitavas de final do vôlei de praia, Juliana e Larissa eliminaram a dupla holandesa Van Gestel e Mappelink, por 2xo. No masculino, Pedro e Ricardo eliminaram os espanhóis Collado e Alepuz, também por 2×0. A surpresa foi a eliminação dos atuais campeões olímpicos, os americanos Rogers e Dauharsser, que perderam para os italianos Nicolai e Lupo, por 2×0.

Rogers e Dauhausser são surpreendidos por dupla italiana. FOTO: Reuters

O boxe realizou as lutas das oitavas de final das categorias até 69kg e até 52kg, onde o brasileiro Julião Henriques Neto foi eliminado pelo porto-riquenho Jeyvier Cintron Ocasio. Em mais uma polêmica envolvendo a arbitragem, dessa vez o combate entre o americano Errol Spence e o indiano Krishan Vikas, que inicialmente terminou com a vitória de Vikas, teve o resultado mudado após um pedido de revisão. O mesmo já havia acontecido com o boxeador japonês Shimizu Satoshi, na luta contra o atleta do Azerbaijão.

Os saltos ornamentais realizaram as eliminatórias do trampolim de 3m feminino, com a brasileira Juliana Veloso sendo eliminada, ficando apenas em 28º lugar. No hipismo, classificatória individual e por equipes na prova de adestramento.

A competição de sabre por equipes masculina foi vencida pela Coréia do Sul, que derrotou a Romênia na decisão, por 45×26. O bronze ficou com Itália, ao vencer a Rússia por 45×40.

As quartas de final do futebol feminino tiveram jogos equilibrados. A França virou sobre a Suécia e venceu por 2×1. Os EUA venceram por 2xo a Nova Zelândia. A seleção da Grã-Bretanha que empolgou o público ao vencer o Brasil, mesmo com todo o apoio da torcida, perdeu para o Canadá por 2×0 e deu adeus a competição. Já o Brasil decepcionou e caiu frente ao Japão, atual campeão mundial, que dominou completamente a partida e fez 2xo, acabando com o sonho de um ouro no futebol feminino.

Japão derruba o Brasil em dia apagado de Marta. FOTO: AP

O ciclismo contribuiu e muito para que a Grã-Bretanha subisse no quadro de medalhas. Na prova de Keirin feminino, a ciclista e musa britânica Victoria Pendleton tornou-se bicampeã olímpica da prova, superando na final a chinesa Guo Shuang, que ficou com a prata, e Lee Wai Sze, representante de Hong Kong, que levou o bronze. A equipe da Grã-Bretanha ganhou a medalha de ouro na perseguição por equipes nos Jogos Olímpicos de Londres, batendo o recorde mundial dos 4 km. Austrália e Nova Zelândia completaram o pódio com prata e bronze, respectivamente.

No primeiro dia de competições no atletismo, o Estádio Olímpico de Londres já teve uma amostra da poderio africano nas provas de fundo. Na final dos 10.000m rasos femininos a etíope Tirunesh Dibaba, venceu com o tempo de 30min20s76, a melhor marca da temporada. A prata ficou com a queniana Jepkosgei Kipyego e o bronze para a também queniana Vivian Jepkemoi Cheruiyot. Entretanto o primeiro outo do atletismo foi para a polônia. Tomasz Majewski venceu, com a marca de 21,89 m, a prova de arremesso de peso. A prata foi para o alemão David Storl e o bronze para o americano Reese Hoffa. Os outros destaques do dia, onde foram realizadas várias eliminatórias foram o sul-africano Oscar Pistorius, que mesmo sendo biamputado se classificou para as semi-finais dos 400m rasos, e o astro jamaicano Usain Bolt, que se classificou para a semi-final dos 100m rasos com enorme facilidade. Entre os brasileiros, Mauro Vinicius da Silva, o Duda, se classificou para a final do salto em distância com a melhor marca do dia (8,11m) e Rosângela Santos, se classificou para as semi-finais dos 100m rasos. No arremesso de disco, a brasileira Andressa de Morais terminou apenas em ner16º.

No handebol feminino o Brasil fez jogo duro com a Rússia, mas foi derrotado por 31×27. A rodada definiu os classificados om uma rodada de antecedência: no grupo A passaram Rússia, Brasil, Montenegro e Croácia; e no grupo B, França, Espanha, Noruega e Coréia do Sul.

No hóquei masculino foi realizada mais uma rodada pela fase de grupos.

No judô, foram disputadas as lutas dos pesos-pesados. No feminino ouro para a cubana Ydalis Ortiz, que derrotou a japonesa Mika Sujimoto. Os bronzes foram para Karina Bryant, da Grã-Bretanha, e a brasileira Maria Suelen, que derrotou a chinesa Wen Tong. No masculino, também teve bronze para o Brasil, com Rafael Silva, que derrotou o sul-coreano Kim Sung-Min. A outra medalha de bronze foi para Andreas Toelzer, da Alemanha. Na final, Teddy Riner, da França, venceu o russo Alexander Mikhaylin.

No remo, a Nova Zelândia levou duas medalhas de ouros. No single sculls masculina, Mahe Drysdale venceu, seguido de Ondrej Synek, da Rep. Tcheca, e Alan Campbell, da Grã-Bretanha. Nas duplas masculinas, ouro para a dupla neozelandesa, seguida por França e Grã-Bretanha. Na categoria sculls com 4 masculina, ouro para a equipe alemã, prata para a Croácia e bronze para a Austrália. Na sculls duplas feminina, vitória da Grã-Bretanha, seguida por Austrália e Polônia.

Nas provas de vela, Robert Scheidt e Bruno Prada garantiram uma medalha na classe star. Agora os dois partem para tentar o ouro contra o barco britânico que lidera a categoria. Já o velejador Jorge Zarif encerrou sua participação na classe Finn em 20º. Bruno Fontes segue em 14º na laser.

Foram realizadas as eliminatórias do tênis de mesa por equipes. No masculino o Brasil perdeu por 3×0 para Hong Kong e foi eliminado. No feminino, a eliminação do Brasil foi para a Coréia do Sul, pelo mesmo placar.

Foi dia de semi-finais no tênis. No individual masculino, o suíço Roger Federer confirmou seu favoritismo e venceu o argentino Juan Martin del Potro por 2×1. Na final ele enfrentará o britânico Andy Murray, que surpreendeu o outro favorito, o sérvio Novak Djokovic, vencendo por 2×0. No individual feminino, num duelo de russas, Maria Sharapova fez 2×0 em Maria Kirilenko, classificando-se para a final contra a americana Serena Willians, que derrotou a bielorussa Victoria Azarenka, pelo mesmo placar. Nas duplas masculinas, os irmãos Bryan (EUA) venceram por 2×0 os franceses Gasquet e Benneteau, garantindo a vaga na decisão contra outra dupla francesa, Tsonga e Llodra, que venceu os espanhóis Ferrer e Lopes, por 2×1. Nas duplas femininas, as tchecas Hlavackova e Hradecka, passaram a final ao eliminar as americanas Ruber e Raymond. Elas enfrentarão as irmãs Willians na final. Por fim, nas duplas mistas, a dupla americana formada por Raymond e Bryan venceu Del Potro e Dulko, da Argentina. Na final eles enfrentarão a dupla da Alemanha, Lisicki e Kas, que eliminou Vinci e Bracciali, da Itália.

Na natação mais um dia de domínio americano. Nos 200m peito feminino Missy Flanklin levou o ouro, seguida da russa Anastacia Zueva da também americana Elisabeth Beisel. Nos 100m peito, mais um ouro para a coleção de Michael Phelps, que batel o sul-africano Chad Le Clos e o russo Evgeny Korotshkyn. A terceira medalha de ouro veio na prova de 800m livres feminino, com a vitória de Katie Ledecky, de apenas 15 anos, sobre a espanhola Mireia Belmonte Garcia. O bronze ficou com a britânica Rebecca Adlington. A grande decepção do dia ficou com o atual campeão olímpico dos 50m livres, César Cielo, que levou apenas o bronze. O ouro ficou com o francês Florent Manadou e a prata com o americano Cullen Jones.

Favorito ao ouro, Cielo é apenas bronze. FOTO: Bruno Santos (terra.com.br)

Duas finais foram disputadas no tiro esportivo. No masculino, prova de rifle deitado 50m, ouro para a Bielorússia, com Sergey Martinov; prata para Lionel Cox, da Bélgica; e bronze para Raymond Debevec, da Eslovênia. Também no masculino, prova de pistola de fogo rápido 25m, vitória de Leuris Pupo, de Cuba, seguido de Kumar Vijai, da Índia, e Feng Ding, da China.

Na prova de trampolim acrobático masculino, ouro para Dong Dong, da China. A prata foi para Dmitry Ushakov, da Rússia, e o bronze para outro chinês,   Chunlong Lu.

No vôlei feminino, o grupo B ficou embolado, com as vitórias do Brasil sobre a China, 3×2, e da Turquia sobre a Coréia do Sul, 3×2.  A decisão dos classificados ficou para  última rodada.

No levantamento de peso, categoria 85kg masculina, ouro para a Polônia, com Adrian Edward Zielinsk, prata para Apti Aukhadov, da Rússia, e bronze para Rostami Kianoushi, do Irã. No feminino, categoria até 75kg, Svetlana Pobobedova, do Cazaquistão, levou o ouro, seguida da russa Natalya Zabolotnaya e da bielorussa Iryna Kulesha.

O pólo aquático feminino teve a última rodada da fase eliminatória.

5º dia de competições mantém ostracismo brasileiro

O Brasil segue em queda livre no quadro de medalhas e, apesar de algumas decepções no 5º dia, ainda tem bons motivos para acreditar em um desempenho melhor. Punições, recordes e principalmente momentos emocionantes marcaram o dia de competições.

Na canoagem, o italiano Danieli Molmenti conquistou o ouro na prova de slalom no caiaque k1. A prata foi para a Rep. Tcheca, com Vavrinec Hradilek, e o bronze para a Alemanha, com Hannes Aigner.

No tênis a dupla brasileira Bruno Soares e Marcelo Melo completaram a partida iniciada na terça-feira e bateram os tchecos Berdych e Stepanek por 2 sets a 1, batendo o recorde de maior partida de duplas no torneio olímpico de tênis, com 4h21 de duração. No torneio de simples, os favoritos seguem em frente, com destaque para o suíço Roger Federer, que, apesar da eliminação nas duplas, se classificou com facilidade.

Na competição de ciclismo o dia foi de muita velocidade na prova contra o relógio individual. No masculino a vitória ficou com Bradley Winngins, da Grã-Bretanha (que se tornou o maior medalhista olímpico do país), seguido de Tony Martin, da Alemanha, e do também britânico Christopher Froome. No feminino o ouro ficou com a americana Kristin Armstrong, que já havia conquistado o ouro em Pequim, se aposentado para ter seu filho e decidido voltar para competir em Londres. A prata foi para a alemã Judith Arndt e o bronze para a russa Olga Zabelynskaia.

A mamãe americana no topo do pódio no contra o relógio. FOTO: Getty Images

Na natação a decepção maior ficou com Cesar Cielo nos 100m livres que, apesar de não ser sua melhor prova, ficou apenas com o 4º lugar. O ouro ficou com o americano Nathan Adrian, que venceu por um centésimo. A prata ficou com o australiano James Magnussen e o canadense Brent Hayden em terceiro. Outros três brasileiros foram eliminados precocemente: Leonardo de Deus nos 200m costas, Daynara de Paula nos 100m borboleta e Henrique Rodrigues nos 200m medley. No revezamento 4x200m livres feminino, ouro para os EUA, prata para a Austrália e bronze para a França. Na final dos 200m borboleta feminino, mais uma vitória chinesa, com Liuyang Jiao. A prata ficou com Mireia Belmonte Garcia, da Espanha, e o bronze com Natsumi Hosh, do Japão. Na prova dos 200m peito masculino, vitória de Daniel Gyurta, da Hungria, seguido de Michael Jamieson, da Grã-Bretanha, e Rio Tateishi, do Japão.

Adrian vence por um centésimo a final dos 100m livres. FOTO: Reuters

As competições de tiro com arco tiveram um dia de eliminatórias no individual masculino e feminino. No badminton, o dia foi de eliminatórias individuais e das quartas de final nas duplas. O grande destaque foi a punição à falta de espírito esportivo, que expulsou quatro duplas dos jogos, por tentarem perder para escolher adversários mais fracos nas fazes seguintes. As atletas punidas foram chinesas Wang Xiaoli e Yu Yang, as indonésias Greysia Polii e Meiliana Jauhari, e as sul-coreanas Jung Kyung-eun, Kim Ha-na, Ha Jung-eun e Kim Min Jung. Por essa razão, as canadenses Alex Bruce e Michele Li alcançaram as semifinais vencendo apenas uma partida, já nas quartas. Elas haviam perdido todas as três partidas da fase de grupos, amargando a lanterna do Grupo A, mas só entraram em quadra pelas quartas devido à exclusão de Wang/Yu, da China, e Jung/Kim, da Coreia do Sul. Outro fato que marcou o dia, foi a lesão da japonesa Sayaka Sato, que teve que sair de quadra aos prantos, numa cadeira de rodas.

Após corpo mole, duplas da China e da Coréia do Sul são expulsas. FOTO: Reuters

A sul-coreana Jangmi Kim levou o ouro na prova de pistola de 25m feminina, ao derrotar a chinesa Yng Chen (prata) e a ucraniana Olena Kostevich (prata).

No boxe, boa notícia para o Brasil na categoria peso-galo. Robenílson Vieira de Jesus venceu Sergey Vodopiyanov, da Rússia, e avançou às quartas de final, o que o deixa a uma vitória do pódio.

Na vela, em dia sem regata para Robert Scheidt e Bruno Prada, os brasileiros não foram bem. Ricardo Winicki, o Bimba, não manteve o ritmo da primeira prova do dia e terminou as disputas desta quarta na 12ª colocação geral, com 52 pontos perdidos. Bruno Fontes, na classe Star, teve um décimo e um 27º lugares e caiu dois postos na classificação – é o 13º agora. Adriana Kostiw manteve 21º lugar na Radial, e Patrícia Freitas é a 13ª na RS-X.

No basquete feminino, o time brasileiro sofreu sua terceira derrota, dessa vez para a forte Austrália, por 67×61, o que obriga a equipe a vencer suas duas últimas partidas se quiser se classificar.

No judô, o dia foi de lutas pela categoria médio. No masculino Tiago Camilo lutou bem, mas terminou em quarto na categoria médio. Perdeu nas semifinais para o sul-coreano Song Dae-Nam e depois foi derrotado na disputa do bronze pelo grego Ilias Iliadis. O outro bronze ficou com Masashi Nishiyama, do Japão. A prata ficou com o cubano Asley González e o ouro foi para Dae-Nam Song, da Coréia do Sul. No feminino, Maria Portela foi derrotada logo na primeira luta pela colombiana Yuri Alvear, que viria a ganhar o bronze. Lucie Decosse, da França, derrotou a alemã Kerstin Thiele e ficou com a medalha de ouro. O outro bronze ficou com Edith Bosch, da Venezuela.

O domínio chinês nos saltos ornamentais fica mais evidente a cada dia. Desta vez, o ouro foi na plataforma de 3m sincronizada masculina, seguido da prata da Rússia e o bronze dos EUA.

No vôlei de praia passeio da dupla brasileira Juliana e Larissa na vitória por 2×0 sobre a dupla da Rep. Tcheca Hajeckova e Klapalova. No masculino jogo duro para Pedro e Ricardo, mas que terminou com vitória sobre os canadenses Binstock e Reader, por 2×0. Na quadra, a surpresa foi a surra sofrida pela seleção brasileira feminina, que perdeu por 3×0 para a Coréia do Sul, se complicando no grupo.

Coreanas comemoram vitória sobre a apática seleção brasileira. FOTO: Reuters

Larissa e Juliana seguem invictas na praia. FOTO: Reuters

No handebol os bons resultados da seleção brasileira feminina começam a empolgar. A equipe conquistou sua terceira vitória em três jogos, contra a Grã-Bretanha, por fáceis 30 a 17, garantindo por antecedência vaga nas quartas de final.

As finais do remo foram emocionantes. Na prova de 8 masculina, ouro para a Alemanha, prata para o Canadá e bronze para a Grã-Bretanha. Na prova de skiff com 4 feminina, ouro para a Ucrânia, prata para a Alemanha e bronze para os EUA. Na dupla feminina, o grande momento até agora das provas de remo: o ouro da dupla britânica foi muito comemorado, por ter sido o primeiro dos donos da casa nos Jogos de Londres. Além disso, uma das atletas tinha começado a competir depois de ver os Jogos de Pequim e, quatro anos depois, ganhou a medalha de ouro. A prata foi para a Austrália e o bronze para a Nova Zelândia.

No hóquei masculino teve mais um dia de eliminatórias na fase de grupos.

No futebol o dia foi de definição dos classificados para as quartas de final. O Brasil, com vários reservas derrotou a Nova Zelândia por 3×0, com gols de Danilo, Leandro Damião e Sandro, o que garantiu a equipe em 1º lugar do grupo com 100% de aproveitamento. O próximo adversário será Honduras, surpresa do grupo da competição. A grande decepção do torneio, a Espanha, saiu sem vitória e sem marcar gol. Outra decepção foi o Uruguai, que perdeu para a Grã-Bretanha e ficou fora da próxima fase. Nas quartas de final, os confrontos serão: Grã-Bretanha x Coréia do Sul, México x Senegal, Japão x Egito e Brasil x Honduras.

As provas de levantamento de peso foram dominadas pos asiáticos. No masculino, categoria até 77kg, ouro para Xiojun Lu, da China; prata para Haojie Lu, da China; e bronze para Ivan Cambar Rodriguez, de Cuba. No feminino, categoria até 69kg, ouro para a Coréia do Norte, com Jong Sim Him; a prata foi para a romena Roxana Daniela Cocos; e o bronze com Maryna Shkermankova, da Bielorússia. O ponto negativo foi a fratura séria sofrida por Jaehyouk Sa, da Coréia do Sul, que quebrou o braço tentando levantar 158kg.

Sul-coreano quebra o braço na prova de levantamento de peso. FOTO: Reuters

No polo aquático feminino, o destaque foi o massacre da Austrália sobre as donas da casa, por 16×3.

Na final da ginástica masculina, no individual geral, o brasileiro Sérgio Sasaki tornou-se o primeiro brasileiro a participar de uma final olímpica dessa categoria, terminando em décimo. O tricampeão mundial Kohei Uchimura, do Japão, conquistou o ouro. A prata foi para Marcel Nguyen, da Alemanha, e o bronze para Danell Leyva, dos EUA.

O dia em que Michael Phelps se tornou o maior atleta olímpico da história

Graças a Michael Phelps o quarto dia de competições em Londres jamais será esquecido. O americano entrou para a história dos Jogos Olímpicos e foi o maior nome do dia.

O nadador americano conquistou sua 19 medalha olímpica, o que fez dele o maior ganhador de medalhas da história dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, superando as 18 medalhas da ginasta Larissa Latynina, da antiga União Soviética. O feito de Phelps é maior ainda por 15 das 19 medalhas serem de ouro, sem falar ainda no recorde de maior número de ouros em uma única edição, conquistado com as 8 vitórias de Pequim. Não havia melhor momento para anunciar a aposentadoria.

Phelps conquista sua 15 medalha de ouro e a 19 medalha olímpica. FOTO: EFE

Ao contrário de Phelps, o Brasil estacionou no quadro de medalhas e passou o terceiro dia seguido em branco. Mas pelo menos vieram boas notícias, como na competição de Vela, Robert Scheidt e Bruno Prada subiram para a vice liderança da classe Star, após vencerem uma regata e chegarem em segundo na outra. Pena que nenhum dos outros brasileiros figura entre os dez primeiros de suas categorias.

No vôlei de praia, mesmo com baixas temperaturas, vitórias das duplas brasileiras. Alison e Emanuel venceram Bellaguarda (brasileiro naturalizado) e Heuscher da Suiça por 2×0, enquanto Maria Elisa e Talita derrotaram Goller e Ludwig, da Alemanha, pelo mesmo placar. Na quadra, o time de Bernardinho venceu a forte Rússia com autoridade, por 3×0, enquanto a Bulgária venceu a Polônia,  atual campeã da Liga Mundial, por 3×1.

No judô, disputas de alto nível. O grande favorito ao ouro no meio-médio, o brasileiro Leandro Guilheiro, foi eliminado por Travis Stevens, dos EUA, nas quartas de final e depois, na repescagem, perdeu de novo, para o japonês Takahiro Nakai. O americano seguiu em frente e, após levar  uma pancada no supercílio e lutou com o rosto enfaixado. Na semi-final lutando contra o alemão Ole Bischof, para o qual perdeu, quase partiu para a briga. O ouro ficou com o sul-coreano Jae-Bum Kim, com o alemão levando a prata. Os bronzes ficaram com Antoine Valois-Fortier, do Canadá,  e Ivan Nifontov, da Rússia. No feminino, a musa Mariana Silva foi eliminada pela chinesa Lili Xu, que depois viria a conquistar a prata. O ouro ficou com Urska Zolnir, da Eslovênia; e os bronzes com Yoshie Ueno, do Japão, e Gevrise Emane, da França.

No basquete, depois de um primeiro quarto ridículo, o Brasil venceu a esforçada seleção da Grã-Bretanha por 67×62. Tiago Splitter foi o cestinha da partida, com 21 pontos. Já o Dream Team dos EUA passeou sobre a Tunísia, com quase o dobro dos pontos: 110×63. A surpresa ficou por conta da França que bateu forte Argentina.

Dream Team dá primeiro show em Londres. FOTO: Reuters

No tênis de mesa, foram realizadas as quartas de finais do individual masculino e quartas e semi-finais individuais femininas. O ouro será disputado por duas chinesas: Ning Ding e Xiaoxia Li. O destaque da rodada do tênis foi a partida entre o francês Jo-Wilfred Tsonga e o canadense Milos Raonic, vencida por Tsonga por 2×1. Além de ter o set mais longo em games disputados (25×23 para o francês no 3º set), o duelo quebrou o recorde de partida mais longa disputada em melhor de três nas Olimpíadas, com 66 games, jogados em 3h57 min. Nas duplas, em outro jogo longo (3h45min), os brasileiros Bruno Soares e Marcelo melo e os tchecos Tomas Berdych e Radek Stepanek foi interrompido no terceiro set, empatado em 18 a 18, por falta de luz natural.

Tsonga vence 48 games e se classifica. FOTO: Reuters

Já na competição de duplas no badminton, um péssimo exemplo. Para evitar um confronto com as favoritas ao ouro Tian Qing e Zhao Yunlei, da China, já na próxima fase, duas duplas se recusaram a ganhar a última partida da fase de grupos. As também chinesas Xiaoli Wang e Yang Yu, assim como as sul-coreanas Kyung Eun Jung e Ha Na Kin, forçaram erros de saque, o que gerou indignação e vaias da torcida, assim como uma intervenção do juiz. Depois disso, a dupla da Coréia do Sul venceu por 2×0 em míseros 23 minutos de partida.

No tiro com arco, foram realizadas eliminatórias no individual masculino e feminino. O brasileiro Daniel Xavier deu foi eliminado pelo polonês Rafal Dobrowski por 7 sets a 3. No boxe, as lutas foram pelas eliminatórias das categorias até 64kg e até 49kg. No remo foram realizadas as rodadas semi-finais de várias categorias.

No hóquei de grama feminino a grande surpresa do dia foi a derrota das “Leonas” da Argentina por 1×0 para os EUA.

Saíram as primeiras medalhas da canoagem, na prova de canoa, na categoria slalom individual. O ouro ficou com o francês Tony Estanguet, a prata com o alemão Sideris Tasiadis e o bronze com o eslovaco Michal Martikan.

Nos saltos ornamentais, plataforma de 10m sincronizada feminina, assim como no masculino, o ouro ficou com a China. A prata foi para a dupla mexicana e o bronze para as canadenses. No handebol o destaque foi o jogaço entre Dinamarca e Espanha, vencido pelos dinamarqueses por 24×23.

Na final por equipes femininas da ginástica, os EUA voltaram a conquistar o ouro, derrotando a favorita Rússia, que cometeu falhas nos quatro aparelhos e ficou com 5.066 pontos a menos que as americanas. O bronze foi da Romênia.

No tiro esportivo, modalidade skeet, ouro para Vincent Hancock dos EUA, prata para Anders Golding, da Dinamarca, e bronze para Nasser Al-Attiya, do Qatar.

No levantamento de peso feminino, categoria até 63kg, a vitória ficou com Maryia Maneza, do Cazaquistão. A prata ficou Svetlana Tsarukaeva, da Rússia, e o bronze com Christine Girard, do Canadá. No masculino, categoria até 69kg, o chinês Qingfeng Lin foi ouro, seguido do indonésio Tryiatino e do romeno Rezvan Constantin Martin.

No futebol, a seleção brasileira feminina, vacilou contra a Grã-Bretanha e perdeu por 1xo, com um gol sofrido logo com 1 minuto de partida. O resultado deixou o Brasil em segundo lugar do Grupo E, o que leva a seleção a enfrentar as japonesas, atuais campeãs mundiais, já nas quartas-de-final.

O Hipismo entregou suas primeiras medalhas e teve festa da família real. Zara Phillips, neta da Rainha Elizabeth II, fez parte da equipe britânica que levou a prata no concurso completo de equitação (CCE). O ouro ficou com a Alemanha e o bronze com a Nova Zelândia, do cavaleiro Mark Todd, que conquistou sua sexta medalha na prova em Olimpíadas. Na final individual da modalidade, ouro para o alemão Michael Jung, prata para a sueca Sara Algotsson Ostholt, e bronze para a alemã Sandra Auffarth.

No pólo aquático, derrota húngara para Montenegro e um bom jogo entre Croácia e Espanha.

Na natação, como já foi dito, o dia foi do americano MIchael Phelps. Nos 200m borboleta, ele conquistou a prata, perdendo para o sul-africano Chad Le Clos. O bronze ficou com o Takeshi Matsuda, do Japão. A medalha que garantiria o recorde de Phelps viria mais tarde, no revezamento 4x200m masculino, com a equipe americana que levou o ouro, deixando pra trás França, com a prata, e China, com o bronze.

Nas finais femininas, Alisson Schmitt levou ouro e garantiu o recorde olímpico nos 200m livres. A prata ficou com Camille Muffat, da França, e o bronze com Bront Barratt, da Austrália. Nos 200m medley feminino, o fenômeno chinês Shiwen Ye, de 16 anos, levou o ouro e o recorde olímpico. A prata ficou com a australiana Alicia Coutts e o bronze com Caitlin Leverenz, dos EUA. O desempenho de Ye é tão impressionante, que um dos técnicos americanos chegou a acusá-la de dopping, pois em alguns momentos, a chinesa conseguiu nadar os 50m num tempo inferior ao do masculino.

Beleza olímpica

Sim, senhoras e senhores. Estamos crescendo! Recebemos um post de uma seguidora nossa! Aqui é assim, contribuição sempre é bem vinda. Em clima olímpico, Franciene Pereira (@franspereira) mandou uma seleção dos mais belos dos Jogos Olímpicos de Londres. Aproveitem:

As olimpíadas estão aí, portanto, nada mais justo do que falar sobre …olimpíadas, é claro!!! Nesta época os atletas ganham maior destaque e é impossível não dar aquela reparada básica no físico da galera. Para limpar os olhos, escalamos um time de 20 beldades que não vão passar despercebidas em Londres, quer seja pelo talento, pelo rostinho bonito ou pelo conjunto da obra. Confira:

1 – Para iniciar bem, comecemos com Camille Lacourt: o belo nadador francês é um dos favoritos ao título de muso das Olimpíadas (Também, com tudo isso… )

2 – Francesca Piccinini é a musa do vôlei italiano que arrasa também fora de quadra.

3 – Leryn Franco é paraguaia e tem 30 anos. Além de lançadora de dardos, a bela ainda atua como modelo nas horas vagas.

4 – O velejador Ivan Pastor tem 32 anos e é espanhol. Tem como não reparar?

5 – Mariana Silva, judoca, 22 anos. A brasileira chegou com tudo, para mostrar o que tem de melhor além do judô. ( Produção:Rita Moreno)

6 – David Oliver é americano, tem 30 anos e pertence à equipe de atletismo masculino. (Resumo da obra: perfeição!)

7 – Juliana Veloso é saltadora, tem 31 anos e é uma das mais belas brasileiras na competição. ( Produção: Rita Moreno)

8 – Clemente Russo é boxeador, italiano, tem 29 anos (e faz cara de mau para deixar as meninas babando)

9 – Melanie Adams – A australiana de apenas 24 anos pratica salto à vara. Para quem não dá muita importância para o esporte, está aí um belo motivo.

10 – Tiago Splitter, definitivamente, deixa a equipe brasileira de basquete muito mais bonita. Além de lindo, o rapaz sabe o que faz, sendo um dos destaques da seleção.

11 –  Victoria Pendleton é uma das mulheres mais belas da competição e certamente será uma das mais comentadas. A moça é britânica, tem 31 anos e é um símbolo sexual na Grã-Bretanha, título que pelo visto será bastante estendido.

12 –  Cristophe Lamaitre é um atleta francês de apenas 22 anos. O moço leva à serio o que faz, sendo o primeiro atleta branco a correr a prova dos 100m em menos de 10 segundos. Quanta competência!

13 –  Hope Solo é a goleira americana que encanta dentro e fora de campo. Com seus lindos olhos azuis a gata convence qualquer marmanjo de que futebol também é coisa de mulher.

14 –  Ryan Lochte é nadador, americano e tem 27 anos. O belo é detentor de títulos das olimpíadas de Atenas e Pequim e de vários recordes mundiais nas piscinas.

15 –  Tim Morehouse é esgrimista americano e medalhista olímpico. O rapaz é um dos veteranos da nossa lista e um dos mais belos também.

16 –  Aaron Ramsey- O galês, que atualmente joga pelo Arsenal, tem apenas 21 anos e já bate um bolão também no quesito beleza.

17 –  O símbolo sexual europeu chama-se Christina Vukicevic. A bela tem 25 anos, é norueguesa e compete como velocista com barreiras. Além de linda, é uma das favoritas  aos 100m com barreiras.

18 –   A loura Daniela Hantuchová é tenista eslovaca e promete deixar o tênis muito mais empolgante com toda a sua beleza.

19 –  O australiano James Magnussen é nadador e tem apenas 21 anos. O mocinho ainda não é muito conhecido, mas se depender do seu belo corpo, rapidinho o rapaz faz sucesso.

20 –  E para fechar com chave de ouro, eis o brasileiro Hugo Parasi,  dos saltos ornamentais. Um verdadeiro espetáculo.

Adolescentes são destaque no 3º dia das Olimpíadas de Londres

O terceiro dia dos Jogos Olímpicos de Londres teve como destaque o show da garotada das piscinas, um momento de protesto que fica para a história e vitória sensacional da equipe de ginástica chinesa. Entretanto, o dia foi ruim para boa parte dos competidores brasileiros.

Era a competição de esgrima feminina, na categoria espada individual. Em uma das semifinais, a sul-coreana Shin A Lam vencia a alemã Britta Heidemann até o último segundo. Com o cronômetro parado em um segundo, a alemã realizou quatro avanços e o último foi considerado válido. A sul-coreana reclamou que o tempo estava encerrado e entrou em uma crise de choro. Seu treinador entrou com recurso e Lam ficou parada no local do duelo, esperando a decisão, pois se fosse embora, admitiria a derrota. Foi quase uma hora, sozinha, sob os olhares do mundo inteiro, chorando e esperando que a decisão mudasse. O recurso dependia de um pagamento de taxa, que aumentou ainda mais o tempo de espera. Ela ganhou o apoio do público, mas foi só. O recurso foi negado e ela teve que se contentar com a disputa do bronze, que Lam perdeu para a chinesa Yujie Shim. O ouro ficou com Yana Shemyakina, da Ucrânia, que venceu a alemã na final. Mas o que ficará para a história será a ovação do público para a sul-coreana e a sua quase uma hora de solidão e angustia.

O choro da atleta coreana marca a competição da esgrima. FOTO: Getty Images

Boa parte dos esportes continua em fase eliminatória. O badminton, em fase de grupos; o remo, nas semifinais; o tiro com arco, nas eliminatórias individuais femininas; e o tênis de mesa, na quarta rodada eliminatória individual. No tênis, vitória fácil de Roger Federer (Suiça) por 2×0 sobre o francês Julian Benneteau. No feminino as favoritas não tiveram problemas para se classificar.

Na canoagem, foram realizadas as eliminatórias da canoa dupla masculina e do caiaque feminino, que teve a brasileira Ana Satila terminando em 16º lugar. No hipismo, foram realizados os eventos de cross country, tanto no individual quanto por equipes. O brasileiro mais bem colocado foi Ruy Marcelo, em 45º.

No tiro esportivo, prova de rifle de ar 10m masculino, ouro para Alin George Moldoveanu, da Romênia; prata para Niccolo Capriani; e bronze para Gagan Narang, Índia.

No basquete feminino o Brasil sofreu sua segunda derrota, para a muito superior Rússia, por 69×59, complicando muito a situação da equipe. Outro destaque da rodada foi a partida entre França e Austrália, quando a australiana Belinda Snell acertou uma sexta do meio da quadra, que empatou o confronto no último lance. Mas não foi o suficiente, pois na prorrogação as francesas ganharam por 74 a 70.

No boxe, o dia foi de eliminatória no peso mosca (até 52kg) e meio-pesado (até 81kg), com vitórias brasileiras. Na primeira categoria, Julião Neto venceu o norte-coreano Pak Jong Chol e, na segunda, Yamaguchi Falcão superou o indiano Sumit Sangwan.

O boxeador Yamaguchi Falcão venceu na estréia. FOTO: Reuters

O halterofilismo distribui medalhas nas categorias 62kg masculino e 58kg feminino. Entre os homens ouro e recorde mundial para Um Guk Kin, da Coréia do Norte; prata para colombiano Oscar Figueroa Mosquera; e bronze para Irawan Eko Yuli, da Indonésia. No feminino, ouro para a chinesa Xueying Li; prata para Pimsiri Sirikaew; e bronze para Yuliya Kalina, da Ucrânia.

Na ginástica, ao dia foi de final por equipes masculina. A zebra foi a Grã-Bretanha, que empurrada pela torcida, foi bronze.  O Japão ganhou a prata na base do reclamação, pedindo recurso na nota de Kohei Uchimura na prova de cavalo com alças e conseguindo mudar seu resultado, passando de quarto para a segundo, garantindo a prata e a vaia do público. A China realizou uma exibição de gala e garantiu o ouro.

Equipe chinesa domina competição por equipes na Ginástica. FOTO: Reuters

No handebol feminino a rodada teve jogos equilibrados, com jogos muito equilibrados, com destaque para o empate entre França e Espanha (18×18) e a vitória do Brasil por 27×25 sobre Montenegro.

O hóquei de grama masculino e o pólo aquático feminino tiveram rodadas equilibradas. Veja os resultados:

No judô o dia foi de polêmicas e frustrações para os brasileiros. Rafaela Silva foi desclassificada por conta de um golpe ilegal – a catada de perna – na luta contra a húngara Hedvig Karakas nas oitavas de final da categoria peso-leve feminina e caiu no choro. O pódio foi composto por Kaori Matsumoto (Japão) com o ouro, Corina Caprioriu (Romênia) com a prata; Marti Malloy (EUA) e Automne Pavia (França) com o bronze. No masculino, Bruno Mendonça foi eliminado pelo holandês Dex Elmont. O ouro ficou com o russo Mansur Isaev; a prata com o japonês Riki Nakaya; e o bronze para Nyam-Ochir Sainjargal, da Mongólia, e Ugo Legrand, da França.

Brasileira Rafaela Silva chora após eliminação por golpe ilegal. FOTO: Reuters

A China dominou a prova de plataforma de 10m masculina, nos saltos ornamentais sincronizados, conquistando o ouro com a dupla Yuan Cao e Yanquan Zhang. A prata ficou com os mexicanos Ivan Garcia Navarro e German Sanchez Sanchez. Os americanos David Boudia e Nicholas McCrory garantiram o bronze.

Na vela, os brasileiros não tiveram bom desempenho. Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram em 9º na primeira regata e em 6º na segunda, caindo da liderança para o 4º lugar. A liderança é dos velejadores da casa, os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson.

Os melhores resultados brasileiros vieram do vôlei de praia. Juliana e Larissa venceram por 2×0 a dupla alemã Holtwick e Semmler. Já Pedro e Ricardo, venceram os britânicos Garcia-Thompson e Grotowski por 2×0. Na quadra, a seleção brasileira de vôlei feminino perdeu para a atual melhor seleção do mundo, os EUA, por 3×1, em uma partida ruim das brasileiras. Veja a rodada:

 

Na natação, Joanna Maranhão não passou das semifinais dos 200m medley. Mas a segunda era da galera “teen”. Três garotas que nem alcançaram a maioridade foram destaques na piscina de Londres.A lituana Ruta Meilutyte, de incríveis 15 anos, levou o ouro nos 100m peito, seguida da americana Rebecca Soni (prata) e da japonesa Satomi Suzuki (bronze). Já a americana Missy Franklin, de 17 anos, levou ouro nos 100m costas, seguida da australiana Emily Seebohm (prata) e a japonesa Aya Terakawa (bronze). O mais impressionante dos casos é o da chinesa Shiwen Ye, de 16 anos, que voltou a assombrar o mundo. Ela, que já havia batido o recorde mundial nos 400m medley no sábado, bateu o recorde olímpico nas semifinais dos 200m medley. Ela já havia superado a marca no sábado.

Nadadora de 15 anos da Lituânia é destaque do dia. FOTO: Reuters

 

Entre os homens, o francês Yannick Agnel levou seu segundo ouro, nos 200 livres, à frente do sul-coreano Taehwan Park (prata) e do chinês Yang Sun (bronze). O favorito Ryan Lochte, dos EUA, terminou em quarto. Nos 100m costas, dobradinha americana com Matthew Grevers levando o ouro e o recorde olímpico, e Nick Thoman, levando a prata. O bronze ficou com o japonês Ryosuke Irie.

 

Londres tem dia de zebras e o Brasil não conquista medalha

Depois do começo fenomenal, o Brasil passou em branco no segundo dia de competições em Londres. Dia que saiu do convencional e contou com várias surpresas, principalmente no futebol.

O segundo dia de competições começou com jogos da fase de grupos do badminton e com as baterias eliminatórias da canoagem na categoria slalon, e de várias categorias do remo. Nessa última competição o remador do Níger Hamadou Djibo Issaka chamou a atenção ao chegar um minuto e quarenta segundos depois do primeiro colocado e disputou o fim da prova do skiff simples totalmente sozinho. Ele havia aprendido a remar a três meses para os Jogos.

Remador do Níger se esforça para terminar sua prova. FOTO: Reuters

Não menos honrosa foi a participação da mesatenista  polonesa que não tem parte de um dos braços, que lutou muito para se manter na competição. Natalia Partyka, jogou bem mas foi eliminada pela holandesa Jie LI, por 4×2 e saí sob aplausos.

Atleta polonesa dá exemplo de superação. FOTO: Getty Images

A equipe de tiro com arco feminina da Coréia do Sul vingou o time masculino e levou o ouro neste domingo. Na decisão, venceu por 210×209 a China. O bronze ficou com o Japão, que derrotou a Rússia por 209×207.

No tiro, competição de pistola de ar 10m feminino, seguiu o domínio chinês com o ouro de Wenjun Guo. Celine Goberville, da França, foi prata e a ucraniana Olena Kostevych, bronze. Na categoria skeet feminina, ouro para os EUA, com Kimberly Rhode, seguida pela Ning Wei (prata) e eslovaca Danka Bartekova (bronze).

Na competição de esgrima foram decididos os vencedores do sabre individual masculino. Aron szilagyi, da Hungria, derrotou o italiano Diego Occhiuzi e ficou com o ouro. O bronze ficou com Nikolay Kovalev, da Rússia. O brasileiro Renzo Agresta foi derrotado na primeira rodada, pelo alemão Benedikt Wagner.

O boxe teve novas rodadas eliminatórias e elas não foram boas para os brasileiros. Robson Conceição foi eliminado da categoria até 60kg pelo britânico Josh Taylor, sob reclamações de favorecimento ao atleta da casa. Já Mike Ribeiro de Carvalho perdeu para o americano Errol Spence e foi eliminado na categoria até 69kg.

Depois de um ótimo primeiro dia, o judô brasileiro não se deu bem no segundo dia dos Jogos. Na categoria até 66kg masculina, Leandro Cunha foi eliminado pelo polonês Pawel Zagrodinik. O ouro ficou com o húngaro Miklos Ungvari, a prata com Lasha Shavdatuashvili, Geórgia, e os bronzes com Masashi Ebinuma, do Japão, e Jun-ho Cho, da Coréia do Sul. No feminino, a brasileira Erika Miranda foi eliminada pela sul-coreana Kyung-Ok Kin, logo na primeira rodada. O ouro ficou Kun Ae An, da Coréia do Norte, a prata com a cubana Yanet Bermoy Acosta, e os bronzes com Rosalba Forciniti, da Itália, e Priscila Gneto, da França.

O halterofilismo conheceu os campeões das categorias até 53kg feminina e até 56kg masculina. No feminino, Zulfiya Chinshanlo, do Cazaquistão foi ouro; Shu Ching Hsu, de Taipei, foi prata; e Cristina Iovu, da Moldávia, foi bronze. No masculino, Yum Chol Om, da Coréia do Norte, foi ouro; Jingbiao Wu, da China, foi prata; e o atleta do Azerbaijão, Valentim Hristov, foi bronze.

A prova de estrada feminina, no ciclismo, foi realizada debaixo de chuva. A holandesa Marianne Vos superou as adversidades e as outras competidoras e levou o ouro. A prata ficou com a britânica Elizabeth Armistead, a primeira medalha dos donos na casa nos Jogos. O bronze ficou com a russa Olga Zabelinskaya. Entre as brasileiras, Clemilda Fernandes Silva terminou a prova na 23ª colocação, enquanto Fernanda da Silva Souza e Jenildes Silva Fernandaes – que chegou a liderar a prova – não completaram.

Muita chuva na vitória da holandesa na prova de estrada. FOTO: Reuters

Começou o basquete masculino, sem show do Dream Team da NBA, mas com uma vitória cheia de autoridade sobre a França por 98×71. O grande destaque foi a volta da seleção brasileira de basquete aos Jogos Olímpicos, depois de três edições ausentes. A vitória foi suada, mas sobre o comando de Marcelinho Huertas, o Brasil venceu a Austrália por 75×71. Veja os resultados:

O Dream Team estreou sem dar show. FOTO: reuters

Foi dia de zebras no futebol masculino. E que zebras. A franca favorita Espanha deu vexame e foi derrotada por Honduras por 1×0, sendo eliminada num grupo onde o adversário de maior tradição era o Japão. O Uruguai foi surpreendido pelo Senegal e perdeu de 2×0, indo para a última rodada precisando vencer para não correr risco de ser eliminado precocemente. O Brasil escapou dessa onda de azar, mas foi difícil. O jogo contra a Bielorússia foi difícil, tanto que o Brasil sofreu o primeiro gol de Renan Bressan, um brasileiro naturalizado. Sob comando de Neymar, o Brasil virou, com gols de Pato, do próprio Neymar (de falta) e de Oscar, após passe de calcanhar do craque do Santos. A vitória classificou o Brasil. Veja como foi a rodada:

No handebol masculino, a primeira rodada não teve surpresas. Veja os resultados:

Começou também o torneio de polo aquático masculino.

No vôlei de praia de praia o dia foi sem surpresas, com vitórias das duplas brasileiras Alisson e Emanuel (2×0 sobre Doppler e Horst, da Áustria) e Maria e Talita (2×0 sobre Van Gestel e Meppelink, da Holanda). Nas quadras, começou a competição de volêi masculino com vitória fácil do time de Bernardinho, por 3×0 contra a Tunísia. Confira os resultados:

No hóquei de grama feminino, o grande destaque foi a estreia das “leonas” da Argentina, francas favoritas ao título, que atropelaram a África do Sul por 7×1. Confira a rodada:

No segundo dia das provas de adestramento no hipismo, com a prova de CCE (concurso completo por equipes), o destaque foi a britânica, neta da rainha, que arrastou a família real para assistir as provas. O único brasileiro a ir a pista no dia, Márcio Carvalho Jorge, ficou com a 26ª colocação do dia.

No dia de eliminatórias da ginástica, as atletas brasileiras erraram muito e fracassaram. Daiane dos Santos ficou de fora da decisão do solo e anunciou o fim de sua carreira internacional. Outra esperança brasileira, Daniele Hypólito caiu, assim como seu irmão, e foi eliminada. Mesmo destino das outras competidoras Bruna Leal, Ethiene Franco e Harumy de Freitas. Os melhores desempenhos do dia foram das equipes dos EUA, Rússia e China.

Nos saltos ornamentais teve tricampeonato olímpico no trampolim de 3m sincronizado feminino. A dupla chinesa Zi He e Minxia Wu, conquistaram seu terceiro título olímpico, deixando a prata com a dupla dos EUA e o bronze com o Canadá.

Na rodada do tênis o brasileiro Thomaz Belucci foi eliminado pelo francês Jo-Wilfried Tsonga por 2×1. Os favoritos Murray (Grã-Bretanha), Ferrer (Espanha) e Djokovic (Sérvia), passaram sem maiores problemas.

O destaque do dia nas competições de vela foram os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada que venceram a segunda regata da classe star e lideram a competição. O outro brasileiro, Jorge Zarif é 20º na classe Finn.

Scheidt e Prada lideram. FOTO: AP

O grande destaque do dia nas piscinas foi a final do revezamento 4×100 nado livre, da qual a equipe brasileira ficou fora da final. A França deu o troco de Pequim, e venceu os EUA ficando com o ouro. O bronze ficou com a Rússia. A França também levou ouro nos 400m nado livre feminino, com Camille Mufat. A prata ficou com Alisson Schmitt dos EUA e o bronze com a britânica Rebecca Adlington. Nos 100 m borboleta feminino,  Dana Vollmer, dos EUA, levou o ouro e o recorde mundial, seguida chinesa Lu Yng. O bronze ficou com a australiana Alicia Coutts.O sul-africano Cameron van der Burgh quebrou o recorde mundial dos 100m peito e levou o ouro. A prata ficou com Cristian Sprenger, da Austrália, e o bronze com  Brendan Hansem (EUA).

Franceses comemoram ouro no revezamento. FOTO: AFP

Primeiro dia dos Jogos Olímpicos é o melhor do Brasil na história

Nunca o Brasil tinha ido tão bem logo no primeiro dia de competições. Um ouro, uma prata e um bronze que deixaram o Brasil em 4º lugar no quadro de medalhas, sendo que, durante a tarde, chegou a figurar em primeiro. A China mostrou que continua forte e disparou logo na ponta.

O tiro esportivo foi o primeiro a distribuir medalhas em Londres. Na prova de rifle de ar 10 m feminina, o ouro foi para a chinesa Siling Yi, a prata para a polonesa Sylwia Bogaka e o bronze para a também chinesa Dan Yu. Já na pistola de ar 10m masculina, Jin Jong-oh, da Coréia do Sul, ganhou o ouro, seguido de Luca Tesconi, da Itália, e Andrija Slatic, da Sérvia.

A primeira campeão olímpica de Londres é da China. FOTO: Reuters

A prova de tiro com arco por equipes masculina teve zebra. Os EUA eliminaram os favoritos sul-coreanos na seminal, mas foram derrotados pela surpreendente equipe italiana na final, numa decisão equilibrada, por 219×218. A Coréia do Sul, do arqueiro quase cego, Im Dong Hyun, ficou apenas com o bronze.

O remo teve seu dia de eliminatórias em várias categorias, sem a participação de brasileiros. Já o hipismo iniciou as provas de adestramento e o badminton começou sua fase de grupos.

A prova de levantamento de peso feminino, categoria até 48kg, foi vencida pela chinesa Mingjuan Wan, seguida da japonesa Hirome Miyaki, e da norte-coreana Hua Chun Ryang. Na competição de esgrima, no florete feminino, pódio italiano. Elisa di Francesca, ouro; Arianna Errigo. prata; e Valentina Vezzali, bronze.

Na primeira rodada do boxe, categoria até 56kg, vitória do brasileiro Robenílson Vieira de Jesus por 13×7, sobre Orzubek Shayimov, do Uzbequistão.

No ciclismo, prova de estrada masculina, ouro para o Alexander Vinokourov, do Cazaquistão, que aos 38 anos, superou Rigoberto Uran Uran, da Colômbia (prata) e Alexander Kistoff, da Noruega (bronze). As decepções foram os ídolos britânicos Mark Cavendish e Bradley Wiggins, que não corresponderam ao favoritismo. Entre os brasileiros, Murilo Fischer terminou em 31º, enquanto Magno Prado e Gregolry Panizo não completaram a corrida.

Vinokourov surpreende favoritos e se torna campeão olímpico aos 38 anos. FOTO: Reuters

Nos esportes coletivos foi o dia das mulheres. No basquete, as sempre favoritas Austrália e EUA estrearam com vitórias tranquilas, sobre Croácia e Grã-Bretanha. Já o Brasil teve um apagão, se perdeu em quadra e foi derrotado pela França, se complicando bastante no difícil grupo B. Confira os resultados:

O futebol feminino teve sua segunda rodada, com destaque para o empate em 0x0 entre Japão e Suécia e as vitórias dos EUA, da musa Hope Solo, e da França. O Brasil sofreu mais venceu no finalzinho a retrancada seleção da Nova Zelândia, por 1×0, gol de Cristiane. Veja os outros resultados:

No inicio do handebol feminino, o Brasil venceu de forma suada a Croácia e começou com o pé direito os jogos. Confira as outras partidas:

A primeira rodada de vôlei feminino não deu moleza aos favoritos. Os EUA tiveram dificuldade para fazer 3×1 na Coréia do Sul e o Brasil venceu um jogo duríssimo contra a Turquia, por 3×2. Confira como foi a rodada:

No vôlei de praia começaram as preliminares masculinas e femininas. As duplas brasileiras começaram bem. Juliana e Larissa fizeram 2×0 na dupla das Ilhas Maurício, Rigobert e Li Yuk Lo. Já Pedro e Ricardo venceram Skarlund e Spinnangr, da Noruega, pelo mesmo placar.

A ginástica artística teve sua eliminatória masculina, que definiram quais ginastas passaram para as finais. Pelo Brasil, Sérgio Sasaki se classificou para a final do individual geral e Arthur Zanetti para a final nas argolas. A grande decepção ficou com Diego Hypólito, que caiu na prova de solo, ficando fora da final, repetindo o fracasso de Pequim.

O Tênis de mesa começou sua eliminatórias no individual masculino e femino. As brasileiras Ligia Silva e Caroline Kumahara venceram seus primeiros jogos com facilidade contra adversárias de Vanuatu e Djibuti. Entretanto caíram na segunda rodada. Ligia perdeu de 4×1 para JIan Canino Lay, da Austrália, e Caroline, de 4×0 para a britânica Joana Parker. No masculino, Gustavo Tsuboi foi eliminado por Soumyajit Ghosh, da ìndia, por 4×2. Já Hugo Hoyama, na sua 6ª Olimpíada, foi eliminado pelo polonês Zengyi Wang, por 4×3.

Na primeira rodada do tênis, os brasileiros só jogaram a competição de duplas masculinas. André Sá e Tomás Belucci perderam de 2 sets a 1 para os favoritos irmãos Mike e Bob Bryan, dos EUA. Sorte melhor teve a outra dupla, Marcelo Melo e Bruno Soares, que fez 2×0 nos também americanos John Isner e Andy Roddick.

No judô, o dia foi brasileiro. Na categoria até 60kg, Felipe Kitadai levou o bronze ao derrotar o italiano Elio Verde. A medalha foi um presente ao atleta que completou 23 anos. O ouro foi para Arsen Galstyan (RUS), a prata para Hiroaki Hiraoka (JAP) e o outro bronze para Rishod Sobirov (UZB). No feminino a piauiense Sarah Menezes venceu a atual campeã olímpia Alina Dumitru, da Romênia, e levou o primeiro ouro da história do judô feminino brasileiro. Os bronzes ficaram com Charline Van Snick (BEL) e Eva Csernoviczki (HUN).

Judocas brasileiros comemoram suas medalhas. FOTO: Cahê Souza (globoesporte.com)

Das piscinas saíram o maior número de medalhas e grande surpresa. Michael Phelps fez sua pior prova em Olimpíadas, chegando apenas em quarto na final do 400m medley. A prova foi vencida pelo seu rival Ryan Lochte (EUA). Outra surpresa foi o ótimo desempenho do brasileiro Thiago Pereira, que levou a prata, seguido de Kosuke Hagino, com o bronze. Nos 400m medley feminino, a chinesa Shiwen Ye  levou o ouro e o recorde mundial. Elizabeth Basel (EUA) foi prata e a também chinesa Xuanxu LI, o bronze. No revezamento 4x100m nado livre, ouro para a Austrália, prata para a Holanda e bronze para os EUA. Nos 400m nado livre masculino, ouro para o chinês Yang Su, prata para o sul-coreano, Taehwan Park e bronze para o americano Peter Vandekaay.

Thiago Pereira leva a prata na natação. FOTO: Reuters