Entendendo o futebol brasileiro em 2012

Era para ser uma retrospectiva de 2012, primeiro ano do blog Start Sports, mas o que aconteceu todo mundo já sabe. Então o conjunto de linhas abaixo está mais para uma opinião, uma tentativa de explicar como foi o último ano do futebol brasileiro.

Algumas tendências mudaram no país do futebol. Os técnicos têm durado mais nos clubes e isso tem dado resultado, haja vista Cuca, no Galo; Tite, no Corinthians; e Abel Braga, no Flu. O futebol brasileiro tem sido interessante para os gringos. Seedorf, Forlán e Paolo Guerrero foram os grandes nomes dessa importação de craques que estavam na Europa e vieram para as terras tupiniquins, num curioso movimento que promete se intensificar em 2013, devido à boa fase econômica do país.

Tite concentrado durante o mundial. FOTO: Marcos Ribolli / Globoesporte.com

Mas algumas coisas não mudam. Os grandes nomes da temporada continuam sendo bem brasileiros, como os destaques Ronaldinho Gaúcho, Fred, Neymar, Paulinho e Lucas. Algumas coisas ruins também não, como a famigerada arbitragem, que errou muito e errou o ano inteiro. Todo mundo reclamou e está cada dia mais difícil acreditar em melhora, pois isso depende de uma comissão de arbitragem, que depende da CBF, que infelizmente não inspira nenhuma confiança. Mas isso é assunto para outro post.

Nielson DIas, “destaque” do jogo entre Fluminense e Ponte Preta. FOTO: lencenet.com

Vimos um time sem craques, com um pirata, um mago e um vovô que corria como um garoto, vencer a Copa do Brasil sob o comando de um paizão que fez milagres com um elenco bem inferior, que não lembrava nem de longe a família do penta. O ano podia ter sido fantástico para o time do Parque Antártica se o time não tivesse se perdido e afundado numa crise interna que passou pelo rebaixamento no Brasileirão e parece não ter fim. 2013 promete uma montanha russa de emoções, que vai da Libertadores a série B.

Além do campeão que seis meses depois caiu, o Brasileirão nos trouxe muitas coisas curiosas. Um time do Santos que só ganhava com Neymar em campo, um Corinthians que de freio de mão puxado foi melhor que a maioria dos times do torneio. As campanhas decepcionantes de Vasco, Inter, Botafogo, Cruzeiro e Flamengo. Alguns times foram bons coadjuvantes como o Grêmio, que trouxe a tona o velho Luxa e o veteraníssimo Zé Roberto. Um São Paulo que com Lucas e Luís Fabiano se levantou durante o torneio sobre comando de Ney Franco.

Ronaldinho e Bernard são destaques do vice-campeão, que encerra competição vencendo o clássico. FOTO: lancenet.com

Vimos o ressurgimento do Galo Mineiro, forte e vingador como em outrora, que se reergueu junto com o craque Ronaldinho Gaúcho, que subiu de R10 para R49 e fez do segundo semestre da torcida alvinegra uma festa. Jogou bonito, mas foi superado na eficiência pelo Fluminense. O Tricolor vencia de 1×0, perdia pouco e não apresentava bom futebol. Tinha as polêmicas de arbitragem que manchavam sua campanha, mas ainda assim era eficiente. Cavalieri salvava e Fred marcava e assim, conhecemos o campeão.

Fred comanda a festa do campeão brasileiro. FOTO: globoesporte.com

Da série B vieram os tradicionais Atlético Paranaense, Criciúma e Vitória, além do Goiás, que subiu com direito ao título. Subiram da série C o Oeste de Itápolis, o Icasa (CE), a Chapecoense (SC) e o Paysandú, que começa a se levantar depois de ficar por alguns anos longe dos dias de glória. Das profundezas da série D se ergueram Sampaio Corrêa (MA), Crac (GO), Baraúnas (RN) e Mogi Mirim. O Santa Cruz continua dando show na série C e, mesmo jogando mal e sem subir, continuou colocando trinta, quarenta, cinquenta mil pessoas no Mundão do Arruda. Exemplo para muitas equipes.

Continuamos vendo bons campeonatos, mas que estão cada dia mais polarizados e não apresenta a mesma disputa de outros anos. 2013 promete muito e vamos ver tudo aqui Start Sports.

A mais insana das loucuras: Corinthians é campeão mundial

O último domingo, dia 16/12/12, jamais será esquecido por nenhum corintiano. O time da Fiel foi campeão mundial de clubes ao derrotar o Chelsea por 1×0, gol do talismã Paolo Guerrero, chegando ao ponto mais alto de sua tradicional história. Naquele que foi o capítulo mais bonito da história do time, intitulado de “A invasão corintiana ao Japão”, o time paulista ganhou o mundo, com direito ao segundo maior público das decisões do mundiais (5º se levarmos em consideração o “Mundial” do Brasil em 2000), 68.265 espectadores, na sua grande maioria corintianos.

Mais do que o título, o Corinthians será o assunto do post. Como não temos nenhum corintiano na equipe do blog e, até por isso, pretendemos fazer a mais isenta das análises. Para isso, temos que deixar claro que não gostamos do Corinthians. Isso não nos faz diferente da imensa maioria dos torcedores brasileiros que não torcem para o time do Parque São Jorge. Na verdade, o que nos difere é sermos capazes de enxergar os méritos do time, mesmo que tenhamos torcido muito contra. E muito mesmo.

O Corinthians mereceu o título mundial, assim como mereceu a Libertadores. Ganhou com aplicação tática e com uma doação por parte dos jogadores – coisa rara hoje em dia. O time não se distanciou do seu objetivo em momento algum nessa caminhada e isso foi o principal fator para que o time tivesse o maior ano de sua história. Soube de suas limitações e se aplicou em minimizá-las e, abdicou do bom futebol em prol do futebol eficiente. Acertou três chutes a gol nas duas partidas do Mundial, fez dois gols e foi campeão. Contou com Cássio, que se firmou como herói corintiano ao lado de Paolo Guerrero, decisivo como Emerson fora na Libertadores. Contou com a torcida, que fez dos estádios do Japão a casa do Corinthians. E enfrentou um o Chelsea que não era o rival mais qualificado da Europa, mas que ainda assim deu muitíssimo trabalho. A verdade é que foi do jeito que o corintiano gosta e num ano em que de quebra, o Palmeiras foi rebaixado. Ser alviverde em Sampa deve ser um verdadeiro suplício nos dias de hoje.

Foi merecido, apesar de não precisarmos passar o resto da vida sendo lembrados pela mídia bairrista disso. Aliás, foi o cenárioque essa mídia sempre quis. Temos sido afogados em um incessante e irritante júbilo ao título tão importante quanto os conquistados anteriormente por Santos, São Paulo, Grêmio, Inter e Flamengo. Nem mais nem menos importante, porém com uma cobertura assustadoramente maior que os demais. Será que isso é só pela audiência? Enfim, deixemos isso de lado. Se formos relevar tudo o que existe de dúbio e nebuloso em relação ao Corinthians, principalmente nos últimos 20 anos, escreveríamos um livro.

Alessandro levanta a taça mais importante da história do Corinthians. FOTO: Toru Yamanaka / AFP

Guerrero faz o o histórico gol do título. FOTO: Toshifumi Kitamura / AFP

Fiel comemora o título em São Paulo. FOTO: trivela.uol.com.br

Tite concentrado durante o mundial. FOTO: Marcos Ribolli / Globoesporte.com

O que queremos deixar com este post é que Corinthians provou que consegue ser campeão dentro de campo, sem fazer uso dos artifícios duvidosos e de “parcerias” especialmente providenciais, que trazem para dentro de campo vantagens que fazem toda a diferença na hora da competição. Talvez se o Corinthians voltasse a ser o Timão da Fiel e resgatasse o espírito da “Democracia Corintiana” de Sócrates, ele deixasse de ser o time mais odiado do Brasil. Talvez não existiriam mais vídeos como o que segue abaixo.

Não podemos provar nada, mas podemos nos guardar o direito de duvidar e de não gostar de um time que, infelizmente, não inspira confiança. Enfim, parabéns ao Corinthians. Parabéns ao bando de loucos. Mas nada muda em relação à imagem da equipe.

Corinthians e Chelsea se enfrentam pelo maior título da história de ambos

Tudo dentro do previsto e absolutamente como esperado. Corinthians e Chelsea decidiram na manhã (noite no Japão) do dia 16/12/12 o título mais importante da história de ambas as equipes: o Mundial de Clubes da FIFA. O confronte põe frente a frente duas equipes que sempre trouxeram consigo a sina de “cavalos paraguaios” em suas competições continentais e que, dessa vez, foram campeões com muita aplicação tática.

As semi-finais não ofereceram muito risco a nenhuma das equipes. O Timão venceu por 1×0 a AL Ahly do Egito, com gol de Paolo Guerrero, o que serviu para a festa e o discurso batido dos torcedores que dizem que o time só vence na raça. Já o Chelsea dominou o Monterrey do México e venceu por 3×1, gols de Mata, Fernando Torres e Darvin (contra) para os ingleses, e de De Nigris para os mexicanos.

A decisão promete ser uma verdadeira partida de xadrez. Pelo lado do Corinthians, Tite promete montar uma equipe compacta, que deve explorar os contra-ataques para chegar ao gol de Cech. Já a equipe de Rafa Benítez deve se mostrar forte na defesa e aproveitar as subidas Oscar e Hazard para chegar ao gol corintiano.

Teremos um campeão inédito, seja ele o Corinthians,empurrado pela invasão da Fiel ao Japão e pela overdose de cobertura tendenciosa da mídia brasileira, ou o Chelsea, que mesmo em má fase, pode fechar com chave de ouro seu ano mais vitorioso e mais rentável para seu dono, o russo Abramovic. Nenhuma das equipes está entre as maiores de seus continentes mas, sem dúvida, o título estará em boas mãos, independente do vencedor. E você, em quem aposta?

Jogadores do Chelsea comemoram o gol de Mata, contra o Monterrey. FOTO: premier league

Equipe do Chelsea que entrou em campo contra o Monterrey. FOTO: Placar

Equipe corintiana que enfrentou o AL Ahly. FOTO: Placar

Paolo Guerrero marca o gol da vitória corintiana na semi-final. FOTO: uol esporte

Mundial de Clubes da FIFA encerra a temporada em grande estilo

Já é dezembro e praticamente todos os times estão em ritmo de fim de ano, ou se preparando para a próxima temporada. Entretanto, para algumas equipes resta uma última competição, que pode garantir o presente de Natal graúdo para o vencedor. Começou a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, competição que reuni os campeões continentais no Japão, para um mata-mata que decidirá quem vai levantar mais um dos troféus da FIFA. Infelizmente, por vários fatores, a competição não é unânime entre todas equipes, tanto que para alguns times europeus ela não passa de uma formalidade. Entretanto, pelas bandas aqui do sul, tem o peso devido de maior competição de clubes a nível mundial.

A competição de 2012 tem como principais destaques o Chelsea, campeão da Champions, e o Corinthians, campeão da Libertadores, que seguindo a lógica, deverão decidir a competição. Porém, mas nada impede que outras equipes repitam o feito do Mazembe, que conseguiu ir a final eliminando o Inter, em 2010. A propósito, completam a lista de participantes o Hiroshima (representando o país sede), o Auckland City (campeão da Oceania), o Al Ahly (campeão da africano), o Ulsan Hyundai (campeão asiático) e Monterrey (campeão da Concacaf).

A competição começa para valer nas semi-finais, quando os favoritos entram em campo, mas nas prévias a bola já rolou. Pelos playoffs,  uma fase eliminatória com as duas equipes “menos qualificadas”, teve o confronto entre Hiroshima e Auckland, onde os japoneses eliminaram os neozelandeses por 1×0, garantindo sua presença nas quartas. Essa fase, que na verdade é mais uma seletiva para saber quem vai ter a honra de enfrentar os dois favoritos, teve suas duas partidas disputadas no último domingo, dia 09/12.

O adversário do Corinthians será o experiente time egípcio do Al Ahly, que comandado por Aboutrika eliminou os donos da casa, Hiroshima, por 2×1, embaixo de neve. Do outro lado, o time mexicano do Monterrey chegou a decisão após eliminar sem dificuldades os coreanos do Ulsan, por 3×1, com boa atuação de César Delgado. Dentre as duas equipes, o Al Ahly é, sem dúvida, a equipe mais perigosa.

Corinthians e Chelsea é a grande partida esperada por todos. Ambos são estreantes na competição e ganharam pela primeira vez o título continental, mas a fase do Timão é de longe melhor que a dos Blues.

O time de Londres vem de uma eliminação precoce na Champions League, onde foi o primeiro atual campeão a ser eliminado na fase de grupos, e passa por uma crise de desconfiança da torcida com o técnico Rafa Benítez, que assumiu depois da queda do italiano Roberto Di Matteo. Ainda assim o time é forte e conta com os destaques Ramires, Oscar, Mata, Hazard e sempre instável Fernando Torres.

Por outro lado, o Corinthians vive o sonho de disputar o mundial, no ano mágico do fim do longo tabu na Libertadores. O time paulista terminou o Brasileirão numa crescente e manteve seu esquema compacto, onde o conjunto se sobressai ao individual, mesmo com ótimos nomes no elenco, como Paulinho, Guerrero e Emerson. Soma-se a isso a invasão fanática torcida corintiana ao Japão, que vêm demonstrando amor à equipe regada a uma série de atitudes insanas e porque não bossais, como no evento do embarque da equipe para Tóquio.

Numa análise fria, deixando de lado a enfadonha e irritante cobertura bairrista feita TV brasileira, que cobre o Corinthians como se fosse assunto de primeira grandeza para a pátria (coisa nunca feita anteriormente com nenhum dos outros oito times brasileiros que foram ao Mundial), o time paulista é sim favorito ao título. Entretanto não esqueçam dos valores individuais do Chelsea, de maior qualidade que os do Timão.

Tite prepara a equipe do Corinthians para a estreia no mundial. FOTO: esportes.uol.com.br

Em má fase, jogadores do Chelsea preparam-se para tentar a volta por cima no Japão. FOTO: Yoshikazu Tsuno / AFP

Festa dos torcedores no embarque do Corinthians para o Japão. FOTO: Nelson Almeida/AFP

Aboutrika comemora o gol da classificação do Al Ahly para a semi-final. FOTO: Getty Images / Fifa

Jogadores do Monterrey comemoram a classificação para enfrentar o Chelsea. FOTO: Getty Images / Fifa

Brasileirão chega ao fim com rodada morna e decreta queda do Sport

O Brasileirão 2012 chegou ao fim. Não foi com a mesma empolgação de outros anos, ainda mais por se tratar de uma rodada de clássicos regionais, mas para algumas equipes foi uma rodada de disputa até o último minuto. Entretanto não diminuiu em nada o campeonato desse ano (que diga-se de passagem não foi o melhor de todos).

Começando pelo campeão antecipado, que já não vinha “jogando” faz algumas rodadas. Para fechar o campeonato, sem nenhum estilo, o Fluminense jogou com um time de reservas e perdeu para o Vasco, tão desmotivado quanto, por 2×1. Os dois gols do time da colina foram de Éder Luis, enquanto Thiago Carleto fez para o Flu. O outro clássico carioca ficou no empate. Num jogo disputado, Flamengo e Botafogo ficaram no 2×2, com gols de Vágner Love e Nixon para o Fla e Sassá e Vitor Júnior para o Botafogo, em mais uma partida repleta de garotos.

A falta de emoção do Rio se repetiu em São Paulo. Na despedida deprimente do Palmeiras da série A, o Verdão perdeu de virada para o Santos por 3×1, na Vila Belmiro. Maikon Leite abriu o placar para o Palmeiras e Neymar, duas vezes, e Victor Andrade fecharam a tampa do caixão alviverde. Já o Corinthians, contando as horas para embarcar para o Mundial, perdeu de virada para os reservas do São Paulo, em ritmo de final de Sul-americana. Paolo Guerrero abriu o placar para o Timão e Maicon, duas vezes, e Douglas viraram para o tricolor, que terminou o segundo turno em primeiro.

No único confronto entre paulistas que valia alguma coisa, a Portuguesa se segurou na primeira com um empate monótono com a Ponte Preta, em 0x0. O resultado, somado a vitória do Bahia sobre o Atlético-GO, por 1×0 (gol de Rafael), decretou a queda do Sport para a série B. O time de Recife perdeu o clássico mais emocionante da rodada por 1×0 para o Náutico, gol de Araújo, e viu o rival comemorar seu rebaixamento. O sofrimento do Leão teve direito a pênalti perdido pelo rival, excepcionais defesas do goleiro Saulo, que saiu machucado, e um final melancólico.

Voltando aos jogos sem importância para a tabela, o Coritiba atropelou o Figueirense por 3×0, empurrando o time de Santa Catarina para a lanterna da competição. Éverton Ribeiro marcou duas vezes e Denis deu números finais a partida.

Fechando a rodada e o campeonato, duas partidas decidiram o vice-campeão brasileiro e, consequentemente quem iria direto para a fase de grupos da Libertadores. E deu Galo. No clássico mineiro, muita movimentação e um jogo repleto de possibilidades, que culminou com a vitória atleticana por 3×2. Bernard abriu o placar para o Galo e logo depois Fábio defendeu um pênalti cobrado por Ronaldinho. Depois o Cruzeiro virou com Martinuccio e Everton. Posteriormente, o time da toca sofreu a virada com um gol na cabeçada de Leonardo Silva, desviada pelo zagueiro celeste, e outra também de jogada aérea, com o capitão Réver. A vitória do Galo, somada ao empate de 0x0 entre no Gre-nal que marcou a despedida do estádio Olímpico, deu ao time mineiro o vice. O tricolor gaúcho amargou o terceiro lugar e uma despedida bem diferente da planejada para seu tradicional estádio.

Em clássico tumultuado até incidente com rojão marca a despedida do Olímpico. FOTO: Hector Werlang (Globoesporte.com)

Ronaldinho e Bernard são destaques do vice-campeão, que encerra competição vencendo o clássico. FOTO: lancenet.com

Náutico festeja vaga na Sul-Americana e queda do Sport. FOTO: Diego Nigro (folhape.com.br)

Seleção da Rodada #36, carimbo na faixa do campeão rende ao Cruzeiro três na seleção

 

Na rodada da festa do título do Fluminense os tricolores tiraram uma folga da seleção, que foi comandada por mineiros. O Cruzeiro, que carimbou a faixa do tricolor emplacou três jogadores no time: Rafael, autor de grandes defesas contra o ataque do campeão; Leandro Guerreiro, que mesmo improvisado na zaga, jogou melhor que muitos zagueiros do time celeste; e Montillo, que organizou o meio de campo e ditou o ritmo da partida.

As laterais foram ocupadas por Neto, melhor em campo e responsável pelo triunfo do tricolor baiano, e Ernandes, volante improvisado que armou os dois gols do Dragão no surpreendente empate com o Galo em BH. O outro zagueiro foi Paulo André, do Corinthians, que foi seguro e se destacou no confronto contra o Inter.

Ao lado de Montillo, o meio contou com Léo Silva – um gigante no meio campo da Portuguesa -, Zé Roberto do Grêmio – o melhor em campo na rodada – e Ronaldinho Gaúcho que salvou o Atlético-MG de uma derrota vexatória em casa, além de bater um “recorde” de bolas na trave no campeonato.

A dupla de ataque foi formada por Henrique, que saiu do banco para dar a vitória ao Sport na sua arrancada para escapar da série B, e Osvaldo, melhor em campo e articulador dos dois gols do São Paulo contra o Náutico.

Fred dá título ao Flu e é o grande nome da seleção da rodada #35

Na seleção mais polarizada de todo o campeonato, Corinthians e Fluminense colocam juntos oito dos onze atletas do time, com cada equipe colocando quatro. O grande nome da rodada foi Fred, autor de dois gols na vitória do Flu sobre o Palmeiras, que rendeu o tetra ao time das Laranjeiras. Junto ao atacante estão o goleiro Diego Cavalieri, o zagueiro Gum e o volante Jean. Pelo lado do Timão, que atropelou o Coritiba por 5×1, se destacaram o zagueiro Chicão, o lateral Fábio Santos, o volante Paulinho e o atacante peruano Paolo Guerrero, que marcaram contra o Coxa. O Grêmio colocou dois atletas na equipe: Pará e Zé Roberto, que fez uma atuação de gala contra o São Paulo. Fechando a equipe, o meia atacante Martinuccio, melhor em campo na vitória do Cruzeiro sobre o Bahia.

Conferindo os palpites da equipe Start Sports: Bruno Santos teve meros 3 acertos (vitórias de Botafogo, Corinthians e Grêmio); Glauber Maia foi um pouco melhor e teve 4 acertos (vitórias de Corinthians, Botafogo e Fluminense, além do empate entre Figueirense e Sport); e fechando a trupe, Círio Oliveira, que ERROU TODOS OS RESULTADOS, estabelecendo um novo recorde negativo no bolão. Aplausos para a eficiência desse grupo.

Fred decide de novo e Fluminense é tetra campeão brasileiro

Ainda faltam três rodadas para o fim do Brasileirão, mas para um time não falta mais nada fazer a festa. Aliás, festa que já começou. O Fluminense sagrou-se campeão brasileiro com três rodadas de antecedência, depois de uma vitória sofrida e emocionante, por 3×2 sobre o Palmeiras. O título coroa uma fase única na história do tricolor, que começou depois da milagrosa fuga do rebaixamento em 2009, passou pelo título de 2010 e agora com o conquistado no ultimo domingo. Um título contestável até certo ponto, pelos inúmeros erros de arbitragem, mas merecido, pela campanha regular e a eficiência do time tricolor. O nome do jogo foi Fred, que marcou duas vezes e cruzou a bola do gol contra de Maurício Ramos. Barcos e Patrick Vieira deram esperança ao torcedor palmeirense, mas foi pouco. O dia era de Fred, do Fluminense, e não do Verdão, que agora só escapa da queda por um milagre.

Falando em milagre, a defesa milagrosa que deu o título ao Flu não aconteceu em Presidente Prudente, mas sims em São Januário. Num jogo repleto de polêmicas e erros da arbitragem, o Atlético-MG, que lutou até o fim pelo título, empatou em 1×1 com Vasco, gols de Ronaldinho Gaúcho (pênalti) e Alecssandro. A história poderia ter sido outra se no finzinho a belíssima cabeçada de Réver não tivesse parado na defesa acrobática de Fernando Prass. Quem comemorou foi o Fluminense.

Mais do que triste pelo fim do sonho do título o Galo começa a se preocupar com o Grêmio. O tricolor, que nunca disputou o título tão efetivamente quanto o time mineiro, chegou a segunda colocação após a vitória por 2×1 sobre o São Paulo, deixando o Atlético em terceiro. Rogério Ceni abriu o placar, mas André Lima e Marcelo Moreno viraram para o Grêmio, numa atuação de gala de Zé Roberto. Essa é uma das poucas brigas que se mantém vivas na competição, uma vez que quem chegar em segundo garante vaga direta na fase de grupos da Libertadores. As demais estão na parte de baixo da tabela.

A Portuguesa, mesmo com Dida pegando um pênalti, levou de 3×0 do Botafogo, com gols de Bruno Mendes, Fellype Gabriel e Vítor júnior, e mesmo passando a maior parte do campeonato longe do Z4, começa a ver com temor o risco de queda. Já o Botafogo continua nutrindo um sonho de ir a Libertadores, depois da derrota do São Paulo. O Sport segue na sua luta para escapar e, no jogo de vida ou morte, matou o Figueirense. O empate em 1×1 em Florianópolis, com gols de Felipe Azevedo e Júlio César, decretou a queda do time catarinense, um ano após comemorar a queda do seu arqui-rival Avaí. Em BH o Cruzeiro deixou para o Bahia as preocupações com rebaixamento ao vencer de virada por 3×1, com gols de Fahel (para os baianos) e Martinuccio, duas vezes e Willian Magrão para o time celeste. Fora dessa confusão e já rebaixado o Atlético-GO resolveu engrossar para o Santos e virou o jogo no Bezerrão, em Brasília, vencendo por 2×1. Bruno Rodrigo abriu para o Santos e Diogo Campos e Márcio viraram para o Dragão.

Nos três jogos dos times que não queriam mais nada com nada, a Ponte venceu o Inter por 1xo, gol de Roger, e o Flamengo venceu o Náutico nos Aflitos com um gol de Renato Abreu, num pênalti duvidoso. O Corinthians, em ritmo de treino para o Mundial, atropelou o Coritiba com um 5×1 indiscutível. Paulinho, duas vezes, Chicão, F[abio Santos e Guerrero marcaram para o Timão e Deivid descontou para o paranaenses.

A rodada chegou ao fim e a festa do Flu apenas começou.

Martinuccio foi o nome do jogo na vitória do Cruzeiro sobre o Bahia. FOTO: esportes.uol.com.br

Moreno decide para o Grêmio, que decola ruma a 2ª colocação. FOTO: globoesporte.com

Ronaldinho não foi suficiente para que o Galo vencesse o Vasco. FOTO: Getty Images

Derrota instala desespero no Palmeiras. FOTO: lancenet.com

Fred comanda a festa do campeão brasileiro. FOTO: globoesporte.com

Rodada #35 pode definir campeão e mais dois rebaixados

A rodada #35 do Brasileirão pode definir o título do Fluminense e o rebaixamento do Palmeiras. E o melhor de tudo é que as duas definições irão sair do confronto direto entre estas duas equipes.

O jogo da rodada acontece em Presidente Prudente, e em caso de vitória carioca, e uma derrota do Galo para o Vasco, o Flu será o campeão, e o Palmeiras estará rebaixado. Assim como uma vitória do Palmeiras e uma vitória do Galo podem dar um novo ânimo ao campeonato. A partida deverá ser marcada pelo nervosismo verde e branco, que joga a sua vida, e a já conhecida frieza do tricolor, que costuma resolver os seus jogos com poucas oportunidades.

No Rio o Atlético MG visita o Vasco e precisa vencer por dois motivos. Primeiro para poder se aproveitar de uma possível derrota do Flu e ainda sonhar com o título, segundo por quê os mineiros precisam defender a segunda posição, que dá vaga direta à fase de grupos da Libertadores, e que vem sendo ameaçada pela subida do Grêmio, que está a apenas um ponto do Galo.

Já o lado azul do Rio Grande, que vem na caçada ao Galo, recebe o São Paulo, que também luta por uma vaga na Libertadores. Uma vitória gremista pode colocar os gaúchos na segunda colocação, já uma vitória paulista coloca o São Paulo colado no Grêmio (diferença de um ponto). A briga pela terceira colocação seria importante se não fossem estas duas equipes as únicas equipes brasileiras a poder vencer a Sulamenricana. Em caso de vitória brasileira na competição, a quarta vaga do brasileirão seria anulada. Como as mesmas equipes disputam as duas frentes de batalha, as situações se anulam.

Na partida entre Ponte Preta x Internacional, as duas equipes ainda lutam por um objetivo. A Ponte precisa vencer para se distanciar definitivamente do rebaixamento e o Internacional ainda sonha com a Libertadores, porém o sonho é distante.

Na ala das partidas que não tem grande importância para a competição, Santos e Atlético GO, Corinthians x Coritiba e Náutico x Flamengo não disputam mais nada na competição e apenas cumprem tabela.

Na briga contra o rebaixamento temos várias partidas. O Botafogo, sonhando com o G4, recebe a Portuguesa, que luta para se manter fora do Z4, assim como o Bahia que visita o Cruzeiro em Belo Horizonte.

A grande partida da parte baixa da tabela é entre Figueirense x Sport, que pode selar o rebaixamento dos catarinenses e continuar com o sonho dos pernambucanos de permanecer na Série A.

33ª rodada com Fluminense mantendo sua vantagem sobre o Galo

A reta final do Brasileirão começou definitivamente e, as seis últimas rodadas decidirão a vida de muitos clubes. Em virtude do segundo turno das eleições, a rodada foi fatiada em três datas, sendo que os três primeiro jogos foram na quinta, dia 25.

No Engenhão, foi realizado o jogo mais importante dos três que abriram a rodada, onde o Coritiba levava a esperança do Atlético-MG de um tropeço do Fluminense. Realmente, o Coxa deu muito trabalho mas não conseguiu impedir a vitória do Flu. Com gols de Wellington Nem e Thiago Neves, enquanto Everton Ribeiro descontou para os paranaenses.

Wellington Nem decide jogo para o líder. FOTO: oglobo.globo.com

Em dois jogos de péssimo nível técnico, a Ponte Preta venceu o Cruzeiro em Campinas por 1×0, gol de Roger, e Santos e Náutico ficaram no 0x0 na Vila Belmiro. O que chamou a atenção nesse segundo jogo foi a reclamação de Neymar, que pediu mais empenho por parte de seus companheiros de time, pois ele não poderia resolver sozinho sempre.

Neymar não resolveu para o Santos, mas reclamou depois do jogo. FOTO: facebook.com/RevistaPlacar

Na rodada de sábado, o Palmeira vai ao Beira Rio com a faca nos dentes, para tentar buscar os três pontos preciosos contra o Inter na luta contra o rebaixamento. Os Colorados nutrem ainda esperanças de conquistar a vaga na Libertadores, que hoje está na mão do São Paulo. O tricolor paulista também enfrenta uma das equipes que luta contra o rebaixamento, o Sport, no caldeirão da Ilha do Retiro. Também na briga pela Libertadores, mas abalado por derrotas importantes jogando em casa, o Vasco enfrenta o Corinthians em São Paulo, reeditando o duelo que decidiu o Brasileirão do ano passado e as quartas de final da Libertadores deste ano.

O Figueirense que vem de derrota em casa, precisa de qualquer forma de uma vitória contra a Portuguesa em casa, para escapar da queda. A Lusa, que antes parecia em situação confortável, de repente se vê rondada pela zona de rebaixamento e, vê este jogo, como chance de se livrar definitivamente. Já o Bahia, que vê os times do Z4 agarrados nos seus calcanhares, recebe o Grêmio, que praticamente deu adeus a luta pelo título. Fechando a rodada, o confronto entre Botafogo e Atlético-GO no Engenhão, que pode ser mais um passo decisivo para o rebaixamento do Dragão, que parece eminente.

Cabe ressaltar que o clássico entre Atlético-MG x Flamengo, importantíssimo para a disputa do título ficou apenas para a quarta, dia 31. Mais uma amostra de que o calendário do Brasileirão é feito por pessoas com enorme saber futebolístico.