E chegamos a última rodada do Brasileirão e, consequentemente, escalamos a última seleção da rodada desta temporada. Exceção feita ao São Paulo, que colocou Maicon e Douglas, e ao Náutico, que colocou Souza e Araújo, nenhuma outra equipe colocou mais do que um atleta na seleção. Mesmo saindo machucado e rebaixado, Saulo fez sua melhor atuação a frente do gol do Leão, garantindo a camisa 1 do time da rodada. Rodrigo Modelo compõe a zaga com Réver, ambos realizando grande partidas. Everton do Cruzeiro foi mais uma vez o melhor pela esquerda, mesmo sendo um volante improvisado. O outro Everton, o Ribeiro, fez uma grande partida pelo Coxa, encerrando em grande estilo a temporada, com dois gols. No ataque, Éder Luis e Neymar, ambos com dois gols na rodada e atuações decisivas pelas suas equipes.
Réver
Todos os posts com a tag Réver
Numa partida heroica, a Portuguesa derrotou o Inter no Beira Rio e aumentou sensivelmente suas chances de escapar da degola. A boa atuação rendeu à equipe três atletas na seleção da rodada: os laterais Luís Ricardo e Marcelo Cordeiro, que além dos gols apoiaram ao ataque e cobriram bem a defesa, e o cérebro da equipe, Ananias.
O Grêmio também se destacou colocando sua dupla de meias na seleção: Elano e Zé Roberto novamente tiveram uma atuação diferenciada, com Elano sendo o craque da rodada.
Na zaga, González do Flamengo, que foi decisivo no empate com o Vasco, e Réver, o capitão atleticano, que foi o herói da virada sensacional do time mineiro sobre o Botafogo. No gol, nenhuma surpresa, pois Cavalieri teve mais uma atuação espetacular e segurou o empate do Fluminense com o Sport. O volante vascaíno Nilton foi seguro na marcação e marcou um belo gol contra o Flamengo e também entra na seleção.
No ataque, destaque para Gabriel, mais uma vez um dos poucos jogadores lúcidos no Bahia, sendo o melhor em campo na partida contra o Náutico. Além dele, fecha a equipe Wellington Paulista, que voltou a marcar na vitória do Cruzeiro sobre o Coritiba, dando muito trabalho a defesa do Coxa.
Resolvi escrever um post diferente sobre o Atlético MG x Flamengo, que pode ter sido decisivo para o campeonato. Quem vos escreve é Círio Oliveira, jornalista formado pela PUC Minas, e torcedor do Galo desde que se entende por gente.
Saí do meu trabalho e rumei para a Arena Independência com meus amigos. Estavamos empolgados com a vitória sobre o Fluminense e o sonho do título pulsava a cada batida de nossos corações. Conversamos sobre as lembranças de outros grandes jogos contra o Fla, muitos de triste lembrança para nós, mas uma coisa era indiscutível: pela história, o Flamengo é o nosso grande rival.
Levei o meu sobrinho de 12 anos ao seu primeiro Galo x Fla. Contei para ele sobre a história, sobre como se virar em um estádio (isso pela milésima vez) e como os jogos contra o Fla são diferentes. Acho que ele percebeu isso quando entrou na arena e sentiu o clima.
O estádio estava lindo. Torcedores sedentos por uma vitória, e acreditando no Galo mais do que nunca. Ficamos na primeira fileira, de pé nas escadas, com de frente para o vidro que nos separa do campo. Tinha um policial boa praça na nossa frente, mas ele entra na história depois.
O clima era de festa, o Galo Doido, nosso mascote, entrou em campo e o estádio fez sua festa. O adversário adentrou e recebeu uma vaia que eu nunca tinha visto antes, talvez fosse todo o desgosto de anos sendo colocado para fora. Veio o nosso time, nossos heróis, e o estádio explodiu. Eu me arrepiei, como sempre em jogos deste tamanho.
Começou a partida, tínhamos que vencer para pressionar ainda mais o Fluminense. Começamos nervosos, dando campo para o Fla, e sem conseguir sair para o ataque.
Um pequeno hiato neste texto: pela primeira vez eu vi o cara a quinze metros de onde estava. Ele correu para a ponta esquerda e foi a primeira vez que estive tão perto de um melhor do mundo. Uma honra.
O Galo começou a equilibrar a partida. Ronaldinho, o melhor do mundo, fez grande jogada pela direita, tocou e passou para receber na área, mas foi derrubado por Ibson. Fiquei em dúvida na hora se havia sido pênalti ou não. Lembra-se do policial boa praça? Ele estava na minha frente na hora do lance.
O Galo continuou bem, acertou a trave com Jô e Ronaldinho cobrou duas faltas com perigo. Nesta hora, em um vacilo de marcação, Renato Abreu acertou mais um belo chute e abriu o placar para o Fla. O clima quase caiu na Arena. Alguns torcedores entoaram o mantra “Galo! Galo!” e todos seguiram os seus passos.
Ainda no primeiro tempo, o adversário ficou com um jogador a menos. Aí sim, o estádio explodiu novamente. Apesar disto, fomos para o intervalo perdendo.
Nas conversas de intervalo, o otimismo reinava nos torcedores. Pessoas de todas as crenças, todos os estilos e classes sociais se relacionavam como se não houvesse distinções entre elas. Na arquibancada, somos todos atleticanos.
Recomeçou o jogo e só dava Galo. Pressão total até que Leonardo, que havia entrado no lugar de Guilherme, cabeceou sozinho. A bola tocou na trave no goleiro e entrou. Era o empate chorado, mas era gol nosso!
O Fla saiu mais para o jogo, mas o Galo ainda comandava, pressão total e perigo nos contra ataques. Em um deles, nosso guerreiro Pierre levou um cartão amarelo para nos salvar. Foi substituído por Serginho para não correr o risco de ser expulso. Réver, um aprendiz de Beckenbauer, virou quase um armador. Leandro Donizeti chutou com perigo. Leonardo e Jô combinavam boas jogadas. Ronaldinho, Bernard e Ricky na esquerda e Marcos Rocha e Serginho na direita tentavam alçar a bola na área, mas sem grande perigo.
Depois de nos safarmos de alguns contra ataques, Ronaldinho cavou falta frontal à área adversária. Nossas esperanças foram ao céu. O estádio pulsava otimismo novamente. O melhor do mundo cobrou, a bola viajou, e tocou na trave, de novo!
Daí em diante foi sufoco. Nenhuma jogada produtiva e fim de jogo. A torcida adversária fazia festa, afinal empataram com o vice líder e continuam na sua fuga contra o rebaixamento. Nós aplaudimos de pé o nosso time. Eles merecem, e muito. O nervosismo mais uma vez nos atrapalhou, mas não podemos nos deixar abater.
Estamos em segundo, e fazemos uma campanha maravilhosa. O título está mais distante, mas não impossível. Sigo acreditando, mas sabendo que é muito difícil.
No fim das contas, o título não nos importa mais. Afinal, temos o nosso Galo Forte e Vingador de volta. Um time forte, que joga com a raça que cobramos sempre. Estamos atrás de um time absurdamente impecável, que é o Flu, e somos melhores que outros 18 times. Temos que valorizar isto.
Não somos acostumados a conquistar títulos, mas somos acostumados a amar um clube de futebol, em todas as fases, das piores às melhores. Queremos um Galo que lute por nós, e hoje nós temos isso. Depois de anos, podemos nos orgulhar do nosso time. Agora vamos dar valor e se não vier o título, vamos torcer para que no próximo ano possamos ver nossa máquina em campo novamente.
#GaloAtéMorrer
O Galo deu show e foi a base da seleção da rodada, com quatro atletas, mas o grande nome do selecionado é Ronaldinho Gaúcho. Com a melhor atuação individual do campeonato, Ronaldinho marcou três e deu passe para outros dois, ofuscando a brilhante atuação de Bruno Mineiro, autor de três na goleada da Lusa. O gol foi mais uma vez lugar de Cavalieri, que segue salvando o Flu. Juninho, Réver e Marcos Rocha continuam figurando com constância na seleção. Jean Rolt, Júnior César, Luis Fabiano e Marco Antônio fizeram ótimas partidas e figuraram na seleção. Moisés, autor de um golaço, foi a novidade.
Em ritmo de eleição a rodada do Brasileirão teve jogos na quinta e no sábado e consolidou ou vários grupos em que a tabela se dividiu, deixando claro quem vai disputar o que no campeonato. Mas o grande nome da rodada foi Ronaldinho Gaúcho, que fez a melhor apresentação individual de um jogador em toda a competição, o que não foi suficiente para que o Galo diminuísse a diferença para o líder Fluminense.
A rodada começou a mil por hora, na quinta, com a goleada acachapante da Portuguesa, por 5×1 sobre a Sport, que afastou o time paulista da luta contra o rebaixamento, afundando o alvinegro na zona da degola. Quem abriu o placar foi o Sport, com Hugo, mas o nome do jogo foi Bruno Mineiro, que anotou três e embolou a briga pela artilharia. Completaram para a Lusa Rodriguinho e Moisés, que fez um golaço.
Enquanto isso em Curitiba o Coxa venceu a Ponte Preta por 1xo, com um gol de Deivid, abrindo cinco pontos da zona de rebaixamento, enquanto a Macaca segue em queda, com seis partidas sem vitória. Fechando a quinta, num jogo movimentado e muito disputado, Flamengo e Bahia ficaram no 0x0, com os dois goleiros brilhando e impedindo o gol.
No sábado, a Vila Belmiro recebeu o duelo entre as equipes que mais empataram no Brasileirão: Santos e Inter. E não deu outra: empate em 1×1. O jogo foi movimentado e, mesmo sem os desfalques Neymar, Leandro Damião e D’Alessandro, teve um bom nível técnico. Bernardo, na sua primeira partida como titular, marcou para o Santos e Cassiano, que entrou no intervalo, empatou para os colorados.
Em Goiânia, o Atlético-GO se complicou de vez no campeonato ao perder para o Vasco por 1xo, gol de Juninho Pernambucano, mais uma vez o maestro da equipe cruzmaltina. O Dragão, que jogou boa parte do jogo com uma a menos, depois da expulsão do zagueiro Gustavo, afunda a lanterna e vê distante a chance de escapar do rebaixamento.
O ponto alto do jogo entre Náutico x Corinthians foi o reencontro do volante Paulinho com o pai que não via a anos, no alambrado dos Aflitos, antes do jogo. A partida foi movimentada e começou com um golaço de Kieza, que entortou o marcador e bateu quase sem angulo para marcar. Paolo Guerrero empatou de bico para o Timão e, quando o jogo estava mais equilibrado, Ralf errou o corte e cabeceou para dentro do próprio gol, garantindo a vitório do Timbú.
No clássico paulista o São Paulo atropelou o Palmeiras com um 3xo incontestável. O Verdão, que perdeu Valdívia machucado, contou com grandes defesas de Bruno, para não levar uma goleada maior. O destaque do jogo foi Luis Fabiano, o Fabuloso, que marcou dois, enquanto o volante Denílson acertou um chutaço do meio da rua, no ângulo de Bruno. Abatido, o Palmeiras vê ainda mais difícil o seu caminho para escapar do rebaixamento, enquanto o São Paulo segue perseguindo o Vasco, em busca de uma vaga na Libertadores.
A briga pelo título encerrou a rodada no sábado a noite. Em Porto Alegre, embaixo de chuva, o Grêmio virou sobre o Cruzeiro e venceu por 2×1, aumentando ainda mais a crise celeste. Anselmo Ramon abriu o placar para o time de BH, que recuou demais e viu o Grêmio virar com Marcelo Moreno e Marquinhos, seguindo firme na luta pelo título.
A grande atuação da rodada ficou reservado para o Independência, onde Ronaldinho Gaúcho deu show e comandou a goleada do Atlético-MG sobre o Figueirense por 6×0. Na melhor atuação individual do campeonato, Ronaldinho marcou três vezes (um golaço num cruzamento no ângulo, uma falta batida por baixo da barreira e um pênalti bem cobrado) e deu passe para mais dois gols, de Réver e Bernard. Inspirado pela atuação do camisa 49, Carlos César, que entrou no segundo tempo, marcou um belíssimo gol e fechou a conta, para desespero dos catarinenses, vice-lanternas e seriamente ameaçados de rebaixamento. Ronaldinho se emocionou e chorou, naquele que foi o seu melhor jogo desde que retornou ao Brasil.
Mesmo com todo o show do Galo, a vantagem para o Fluminense não mudou em nada, graças a Fred. Mais uma vez o centroavante foi decisivo e garantiu a vitória no clássico por 1×0, que manteve o Flu seis pontos a frente dos mineiros. Fred, o artilheiro da competição ao lado de Bruno Mineiro, contou com a ajuda de Diego Cavalieri, que mais uma vez operou verdadeiros milagres e impediu o gol botafoguense.
Ao fim da rodada, os nichos do campeonato se consolidaram e agora está muito claro quem vai brigar pelo que. De agora em diante é matar o morrer e ver quem terá mais bala na agulha na hora de decidir o torneio.
O grande destaque da rodada foi Marcos Assunção, que liderou a vitória importantíssima do Palmeiras em Florianópolis, contra o Figueirense. Junto com ele Thiago Heleno e Henrique, que foram decisivos para o Verdão. A Portuguesa colocou dois atletas na lista, o lateral Marcelo Cordeiro e o goleador Bruno Mineiro. O zagueiro Réver do Atlético-MG jogou muito no empate com Grêmio, assim como Cicinho, que tem se destacado na lateral direita do Sport. Vanderlei, apesar da derrota do Coritiba, teve grande atuação e complicou muito o jogo do Sport. Seedorf foi mais uma vez o grande nome do Botafogo, com toda a sua habilidade e experiência. Completam a seleção dois Freds, o do Inter e o do Fluminense. O meia colorado foi o grande destaque da vitória sobre o Bahia, enquanto o tricolor decidiu de novo para o Flu.
O São Paulo foi o destaque da rodada e, após atropelar o Flamengo, emplacou três jogadores na seleção da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, incluindo o destaque individual da rodada, o goleador Luis Fabiano. Vale destacar também o bom desempenho de Cruzeiro, Atlético-MG e Portuguesa, que tiveram dois jogadores cada.